O último ano foi de recorde para o comércio exterior de Santa Catarina com crescimento de 26,6%, o que representa US$ 10,3 bilhões no período. Já as importações tiveram uma alta de 54,9%, atingindo US$ 24,9 bilhões.
Tanto as exportações quanto as importações registraram o melhor desempenho da série histórica iniciada em 1997, de acordo com o Observatório FIESC.
As vendas de carnes de aves e suína mantiveram a liderança, com US$ 2,9 bilhões em produtos embarcados, alta de 22,8%. A demanda da China, que ainda sentiu os efeitos de um surto de peste suína, ajuda a explicar o crescimento dos embarques catarinenses.
O Estados Unidos se tornou o principal destino das exportações catarinenses, com 18,8% de participação. Os produtos de madeira e móveis foram os mais demandados pelo país, representando 53,8% do total exportado.
A desvalorização do real frente ao dólar e a demanda por insumos para a indústria ajudam a explicar o recorde nas importações. Entre os principais itens importados estão o cobre refinado (75,9%), revestimentos de ferros laminados planos (143,4%), polímeros de etileno (61,9%), fertilizantes nitrogenados (73,7%) e semicondutores (94,8%).
Outro destaque foi o crescimento de 86,8% na importação de automóveis. Com a redução da produção na indústria automotiva brasileira, que vem sofrendo abalos com a desestruturação das cadeias produtivas globais, tornou-se necessária a ampliação da importação de veículos de outros países, principalmente da Argentina, responsável por 46,6% das vendas para o estado no ano passado.
