Por Juliano Depiné, CEO do Imóveis-SC
Tudo o que um ser humano vive tem relação com um imóvel. Desde o momento de seu nascimento, em um hospital ou, em alguns casos, em casa, seu crescimento, a ida pra escola, faculdade, cursos extra-curriculares, casamento, até chegar ao momento em que esta pessoa toma uma das decisões mais importantes de sua vida: achar seu próprio ninho, para sair de debaixo da asa de seus pais ou responsáveis.
A compra ou aluguel de um imóvel é uma decisão importante, em que erros têm um preço bem alto a ser pago. Optar pela compra é uma escolha desafiadora, independente de sua idade, classe social, estado civil. E há uma pessoa, um tipo de profissional, que está cada vez mais especializado e treinado para ajudar nesta difícil escolha, que é o corretor de imóveis.
A transformação digital alcançou também o mercado imobiliário. Sem dúvida alguma esse é um movimento que vem trazendo incontáveis benefícios para qualquer mercado. Porém é uma ilusão achar que a tecnologia por si só é capaz de resolver todos os desafios do segmento, sem a participação do elemento humano. Essa desintermediação pode levar à desinformação e, consequentemente, a erros indesejados. Uma importante decisão financeira como a compra ou venda de um imóvel requer um porto seguro a seu lado, alguém experiente, que passe confiança ao morador: são momentos em que não se pode errar.
O mercado imobiliário demonstra estar em plena expansão há algum tempo. De acordo com estimativa da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), o Valor Geral de Vendas (VGV) deve encerrar este ano em cerca de R$ 99 bilhões no país. Além disso, mesmo na pandemia, 85% dos canteiros de obra ficaram em atividade no país. São muitas ofertas e, desta forma, o cliente pode se sentir como uma criança numa loja de brinquedos: sem saber qual opção “levar”. Há diversos fatores que devem ser levados em consideração, a começar pela decisão entre comprar ou alugar. Depois vêm a escolha entre casa ou apartamento, o bairro, a forma de financiamento e vários outros detalhes que o morador nem sabia que surgiriam. Só o conhecimento do corretor é capaz de entender e atender cada necessidade do cliente. Trazer tranquilidade e segurança para a sua escolha.
O corretor virou um conselheiro de negócios e finanças, ao ajudar a escolher as melhores ofertas e formas de pagamento. E deve estar sempre em desenvolvimento e atualização: ele precisa conhecer o comportamento e as nuances do mercado, as particularidades do produto, aspectos jurídicos da negociação, o perfil de cada cliente e, principalmente, saber conduzir relacionamentos, porque mais do que intermediação, os clientes procuram conexão, vínculos de confiança. De forma alguma esse profissional é substituído pela tecnologia, mas as ferramentas de busca e automação se tornam aliadas para que ele seja cada vez mais um consultor.
Já que muitas decisões tomadas são influenciadas pelo trabalho dos corretores de imóveis, ele segue sendo a profissão do futuro, em um mundo cada vez mais digital, mas em que o olho no olho e o cara a cara podem ter um papel fundamental na jornada de quem está à procura de um lar.