Com a expectativa de economizar R$ 65 milhões e proporcionar ganho ambiental à população, a prefeitura de São Paulo aderiu ao modelo de PPP (Parceria Público-Privada) para implantar energia solar em 80 UBS do município, até 2024.
No primeiro ano, haverá produção de cerca de 5,5 GWh por meio da implementação de 3,45 MW de potência instalada. De acordo com a prefeitura, a economia com as faturas de energia convencional deve chegar a 56%.
“É um projeto inovador no país, pois é o primeiro que foi estruturado na forma de PPP, com garantia pública, onde o parceiro privado tem interesse em investir”, diz Alex Novais, gerente de novos negócios da Quantum, que faz parte do Consórcio Sol da Saúde, responsável pela implantação, operação e manutenção da centrais geradoras de energia solar.
A iniciativa traz também um ganho ambiental significativo, já que, ao longo de todo período do contrato, deve evitar a emissão de, pelo menos, 24 mil toneladas de gases de efeito estufa, o mesmo que 15 mil carros de passeio.
Para compensar essa emissão, seria preciso plantar mais de 150 mil árvores – nove vezes o número de exemplares arbóreos existentes no Parque Ibirapuera.
Prédios públicos e a energia solar
A Quantum, empresa com sede em São José, na Grande Florianópolis, já esteve à frente de vários projetos de instalação de energia solar fotovoltaica em prédios públicos.
Em Curitiba, capital paranaense, o prédio da Prefeitura é um dos exemplos. Desde o início de 2021, ele gera parte da energia consumida com placas fotovoltaicas instaladas no telhado do prédio. Com 439 painéis e o uso de lâmpadas LED, a pretensão é reduzir em até 50% o valor da conta de energia elétrica.
O poder público de Santa Catarina também não fechou os olhos para os benefícios da tecnologia. O prédio da reitoria da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), no campus Itacorubi, em Florianópolis, tem instalado 156 painéis de 325 Wp, o que significa uma potência instalada de 50,70 kWp.
A instituição também substituiu 1,1 mil lâmpadas comuns pelas de tecnologia LED, gerando uma economia de 48% na conta de energia.
Ainda na capital de SC, a Superintendência Regional da Polícia Federal aderiu ao sistema, que está operando desde 2018. Com a colocação de 120 placas fotovoltaicas,o sistema gera 42.244 kWh / ano.
O ganho ambiental em um ano será equivalente a 693 unidades de árvores plantadas, além de deixar emitir 21.043 kg de CO² na natureza e 202.793 km de poluentes produzidos por automóveis.