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Como um centro de inovação promove sinergia entre empresas e startups que buscam melhores soluções para o mercado

Foto: divulgação.

Inaugurado em dezembro de 2020, o Centro de Inovação de Blumenau comemora bons números e já se consolidou como referência no ecossistema da região do Vale Europeu.

No Economia SC Drops, conversamos com a bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina, Gabriela Schneider Darolt, que explica como foi o caminho até aqui e quais os próximos passos. Confira abaixo:

Qual o papel e impacto do Centro de Inovação? Como se mede esse alcance?

Gabriela: O Centro de Inovação Blumenau faz parte da Rede Catarinense de Centros de Inovação, ligada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) e à FAPESC e compartilha da visão de conduzir e acelerar a guinada de Santa Catarina rumo à nova economia. A unidade atende a todos os municípios que compõem a Associação de Municípios do Vale Europeu (AMVE), sempre com as missões de ativar e criar cultura inovadora e empreendedora, gerar e escalar negócios inovadores e ajudar empresas estabelecidas a inovar. Ainda, é especializado nos assuntos relacionados à tecnologia da informação e comunicação, eletro metal mecânico, têxtil e confecções e saúde, com vistas a ampliar seu foco para matérias de energias renováveis e eixo do comércio e turismo.

Qual o foco da unidade em Blumenau?

Gabriela: O Centro de Inovação Blumenau faz parte da Rede Catarinense de Centros de Inovação e compartilha da visão de conduzir e acelerar a guinada de Santa Catarina rumo à nova economia. A unidade atende a todos os municípios que compõem a Associação de Municípios do Vale Europeu (AMVE), sempre com as missões de ativar e criar cultura inovadora e empreendedora, gerar e escalar negócios inovadores e ajudar empresas estabelecidas a inovar. Ainda, é especializado nos assuntos relacionados à tecnologia da informação e comunicação, eletro metal mecânico, têxtil e confecções e saúde, com vistas a ampliar seu foco para matérias de energias renováveis e eixo do comércio e turismo.

Quais foram os principais desafios e conquistas do Centro de Inovação até agora?

Gabriela: No primeiro ano de existência do Centro de Inovação Blumenau uma das principais conquistas foi a sensibilização do ecossistema de inovação para a importância do espaço no contexto da região. As ações e reuniões desenvolvidas resultaram em uma procura pela ocupação das salas. Antes mesmo da inauguração, o local já estava com 93% de ocupação. E três meses depois da cerimônia, já atingíamos 100%. Hoje, em fevereiro de 2022, temos fila de espera de empresas que desejam estar aqui. Ainda podemos citar o crescimento dos negócios aqui instalados, os quais chamados de residentes. Ano passado, seis empresas residentes receberam investimento externo, sendo um investidor anjo, outro sócio-investidor, e um investimento série A, ultrapassando R$  9 milhões. Também tivemos três empresas vencedoras no Programa Acelera Startup SC. Tudo isso, graças ao envolvimento de todo o ecossistema e da ajuda mútua.

Quais as expectativas e planos para este ano?

Gabriela: Um dos projetos essenciais para este ano é a busca por ampliação do espaço oferecido. Hoje, o prédio conta com cinco andares, todos ocupados. Em um deles, inclusive, desenvolvemos o chamado de Espaço Compartilhado para empresas que desejam estar aqui, mas não precisam necessariamente de uma sala. Este local foi uma alternativa para mantermos todos conectados ao ecossistema. No entanto, como a fila de espera continua crescendo, este espaço compartilhado também ficou pequeno e a alternativa é ampliar. Já estamos com algumas tratativas. Uma delas junto à uma empresa residente, a XLam, que desenvolve uma tecnologia para construção com o uso de madeira. Outra alternativa está sendo discutida junto à FURB, para uso dos prédios que estão no entorno do CIB. Estamos buscando alternativas para oferecer o melhor para o ecossistema de inovação.

O CIB deve ser ampliado nos próximos anos. Quais os principais fatores que motivam empresas a buscarem um espaço como esse? O que, de fato, acontece?

Gabriela: Quando o CIB foi criado, a ideia inicial era transformá-lo em um ponto focal de inovação e empreendedorismo. Desde a inauguração, o que estamos ouvindo das empresas que estão aqui e daquelas que nos visitam é que o CIB encanta. Quem chega aqui se impressiona por vários aspectos: pela gestão, pela organização dos espaços, pelo uso dos locais que temos, pela sinergia que criamos com a comunidade externa. Acreditamos que a ideia inicial está sendo cumprida. Conseguimos criar condições para várias situações e estamos buscando seguir o que consta no Guia de Desenvolvimento do Ecossistema e Centros de Inovação de Santa Catarina, desenvolvido pela SDE. Tudo isso alicerçado nas 10 funções e diversas subfunções que são: governança do ecossistema, informação, inovação, talentos, capital, atração de investimentos, especialização inteligente, conexão internacional, desenvolvimento urbano e comunidade. E é tudo isso que acontece no CIB, resumindo talvez em uma palavra: sinergia.

Como o CIB promove conexões entre quem é residente e quem busca inovação?

Gabriela: Cumprindo nossas missões e nossas funções. As empresas residentes têm acesso a diversos meios de conexões, entre eles, eventos realizados e que têm relação direta com a inovação e o empreendedorismo. No ano passado, por exemplo, foram mais de 200 eventos realizados ou apoiados, com algo superior a 280 horas. Foram mais de 1 mil pessoas presentes. Para um ano em que ainda enfrentávamos o forte da pandemia do coronavírus, os dados foram surpreendentes. Não paramos. Seguimos os protocolos sanitários e movimentamos a região em prol da inovação. Além disso, oferecemos conexão e informação sobre premiações e investidores. O CIB busca envolver as empresas em programas e editais, principalmente ligados à FAPESC e à órgãos e entidades parceiras com foco em inovação, que possam fortalecer e alavancar os negócios. Temos aqui no CIB inclusive uma Incubadora de empresas, que auxilia lá no início do negócio, quando a startup ainda tem apenas uma ideia. Temos casos de empresas que passaram pelo Programa de Incubação, foram graduadas e decidiram ficar como empresas residentes no CIB, algo que mostra que nossos processos estão dando certo e que o CIB proporciona muito mais que a conexão. Proporciona condições para fortalecimento e crescimento do negócio.

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