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3 lições de empreendedores que precisaram se reinventar 

Foto: DragonImages/AdobeStock

Com a volatilidade e a competitividade do mercado atual, a evolução das empresas deixa de ser uma opção e passa a se tornar uma imposição para aquelas que querem permanecer ativas com seus negócios. A pandemia reforçou ainda mais a questão, comprovando que é necessário estar pronto para se reinventar a qualquer momento. 

Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 700 mil empreendimentos que fecharam as portas na pandemia não devem reabrir.  Agora, mesmo com a retomada econômica, é importante que os empreendedores permaneçam atentos ao contexto para reconhecer as oportunidades e demandas por inovação.

Confira 3 lições de empreendedores que precisaram reinventar suas operações, processos, mentalidades, produtos ou serviços para permanecer no mercado. 

FORTALECER NOVOS MERCADOS

As consequências drásticas da pandemia não impactaram somente o mercado de eventos, como também todo o ecossistema que dá suporte ao setor.

Um exemplo foi a própria Eyemobile, que oferecia uma solução de vendas móvel que ajudava a acelerar a experiência de consumo em grandes eventos. 

Criado em 2013, o software da startup permitia que o vendedor fizesse a operação sem estar no caixa, inovação que ajudava principalmente a reduzir as filas, reunindo no portfólio cases como Jogos Olímpicos e Rock in Rio. Com a pandemia, porém, a empresa perdeu 95% do faturamento e acabou precisando reduzir o time de 100 para 15 colaboradores.

Diante do cenário, o empresário decidiu fortalecer a atuação no varejo, área em que a empresa dava os primeiros passos à época.

Ele, que havia se reinventado como empreendedor após uma trajetória de atleta e de músico no passado, percebeu que era o momento de recomeçar.

A empresa passou a oferecer novos produtos focados em jornadas de compras digitais, com tecnologias para autoatendimento por QR CODE, delivery e take-away, por exemplo. 

Além de superar as adversidades, chamou a atenção de grandes marcas com seu modelo de negócio promissor e, no ano passado, acabou sendo adquirida pela Getnet, braço de tecnologia de pagamentos do Grupo Santander.

Desde a aquisição, o ritmo é de crescimento acelerado, com expectativas de ampliação do time para mais de 120 pessoas e de internacionalização das atividades neste ano. 

ENCONTRAR UMA DOR DO MERCADO

Foram mais de 10 MVPs até que o sonho de empreender levasse seis jovens recém-formados a uma solução escalável, criada para resolver uma dor real da área de trade marketing.

A história da Involves, retail tech que desenvolve soluções para indústria e varejo, começou em 2008, em um quarto emprestado pelos pais de um dos sócios.

André Krummenauer, co-fundador e CEO da empresa, conta que a empresa era uma fábrica de softwares:

Em paralelo, desde o primeiro dia da Involves já se colocavam esforços para ter um produto SaaS (Software as a Service) como o foco da empresa.

Nascia então o Involves Stage, solução completa para a execução, gestão e inteligência em trade marketing. Com a solução já consolidada no mercado e o conhecimento acumulado durante vários anos, a empresa decidiu ampliar e apostar em produtos que resolvessem também problemas dos varejistas, como o Involves Doors, que identifica e ajuda a corrigir uma das principais dores no varejo: a ruptura nas gôndolas. Atualmente, as soluções estão presentes em mais de 20 países.

BUSQUE PARCERIAS

A FESC Tecnologia, empresa criada em 2011 pela Federação Unimed Santa Catarina, passou por uma grande transformação buscando uma rápida profissionalização e fortalecimento de mercado no início do ano passado.

Neste contexto, Daniel Torres foi convidado para assumir como CEO na desenvolvedora de softwares de gestão para operadoras de planos de saúde.

Ele acumulava experiência como executivo na Oracle e no Gartner e começou a pensar em novos caminhos para a expansão da empresa.

O primeiro passo foi o trabalho de reestruturação interna, com definição de novos setores e serviços, por meio de uma gestão colaborativa. 

Mas a grande mudança veio em agosto do mesmo ano, quando a FESC Tecnologia passou a ser a healthtech Zitrus.

A prioridade em inovação ganhou força, assim como a parceria com startups, empresas de tecnologia e operadoras de planos de saúde, em um processo conjunto de inovação aberta e busca de novas soluções.

Assim, foi implantado o Zlabs, um hub de inovação e aceleração da Zitrus. A iniciativa, que conta com a parceria das 23 Unimeds catarinenses,  já trouxe resultados práticos e deu origem à TARIC, empresa com foco no desenvolvimento de prontuário eletrônico, gestão de clínicas, colaboração entre o paciente e o médico e medicina preventiva.

Com a atuação, os resultados do ano passado superaram as expectativas, alcançando um crescimento de 56% no faturamento, além de ampliação de 172%  no lucro líquido e 36% do EBITDA .

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