Em comemoração aos seus 36 anos, a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) inaugurou em abril uma vitrine de soluções tecnológicas do ecossistema catarinense de inovação. Chamado de ACATE Experience, o local possui telas interativas, uma loja de produtos e uma sala de reuniões com equipamentos de última geração, servindo como mais um lugar para ser visitado pelos amantes da inovação e tecnologia em Florianópolis.
Para saber mais sobre essa iniciativa e os planos da entidade para tornar o estado em uma vitrine de inovação, o Economia SC Drops conversou com o presidente da ACATE, Iomani Engelmann. Confira abaixo:
Como surgiu a ideia para elaborar essa demonstração?
Iomani: O plano de criar um espaço para ampliar a conexão do setor de tecnologia de Santa Catarina com a comunidade existe há algum tempo. Recebemos muitas visitas e pessoas interessadas no Centro de Inovação (CIA Primavera) e a ideia foi ter um ambiente para democratizar ainda mais o acesso à tecnologia, mostrar como é um setor inclusivo e as soluções estão sendo desenvolvidas por nossas empresas associadas, em um espaço interativo e aberto ao público em geral.
Qual o objetivo desse espaço? O que vai ter, de fato? Como uma empresa pode participar?
Iomani: O principal objetivo do ACATE Experience é aproximar o ecossistema de inovação catarinense à sociedade, sendo uma uma espécie de vitrine das soluções tecnológicas desenvolvidas em Santa Catarina e das ações da entidade. Além disso, o espaço apresenta as oportunidades, dados e história do setor, divulga produtos da ACATE e tem uma sala de reuniões para uso da entidade. No ambiente, temos também uma robô que recepciona e fornece informações aos visitantes, além de óculos de realidade virtual para visitantes conhecerem os demais centros de inovação. Sobre a participação, nós abrimos uma chamada pública para as empresas de tecnologia que quisessem expor suas soluções no espaço. E, em maio, está prevista uma nova chamada.
Florianópolis foi eleita, recentemente, como a cidade mais criativa e inovadora do Brasil. Quais são os diferenciais da cidade para a conquista desse título e como isso pode influenciar outras cidades do país?
Iomani: Acredito que tem vários fatores que explicam esse destaque de Florianópolis. Temos excelentes cursos em diversas áreas. Então as pessoas vêm estudar em Florianópolis, encantam-se pela qualidade de vida e resolvem empreender e se instalar aqui. Outro ponto é que temos uma cooperação genuína entre as empresas, entidades, governo e outros atores. E a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) também tem um papel fundamental neste processo, pois, há 36 anos, tem apoiado empreendedores de diversas regiões, portes e em diferentes etapas do negócio.
Qual ou quais os planos da ACATE, a médio prazo, para fortalecer não só a capital, mas os pólos regionais, em serem referências de inovação no país?
Iomani: Já temos diversas iniciativas em andamento como o processo de estadualização da Rede MIDITEC, programa de incubação da ACATE, em diversas regiões catarinenses, além da implementação de dois centros de inovação em Chapecó. Outro ponto são os programas de formação de talentos que a ACATE apoia em diversos locais e que ajudam a viabilizar a sustentabilidade e o crescimento de empresas de tecnologia em todo o estado.
Além disso, a ACATE estabeleceu recentemente as prioridades estratégicas até 2025 e um dos pontos prioritários é a descentralização do ecossistema de inovação em Santa Catarina, já que trabalhamos para sermos um estado de inovação. Atualmente a entidade está presente em todas as regiões catarinenses, por meio de 10 polos. A meta é ampliar essa rede para desenvolver ainda mais as características e vocações econômicas de cada mesorregião. Para isso, iremos impulsionar a governança e sustentabilidade dos polos regionais, presentes em Blumenau, Brusque, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joinville, Lages, Rio do Sul e Tubarão.
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