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Mercado de tecnologia: acabou o dinheiro ou o foco mudou?

Foto: Daniel Zimmermann

Você com certeza se deparou com uma série de notícias nas últimas semanas, relacionadas ao balanço trimestral e resposta da Bolsa de Valores às startups mais conhecidas do mercado. 

Em um cenário que até então recebia pouco foco, vimos que os resultados negativos, em grandes negócios que até hoje só registraram prejuízos, mas ainda assim atraíam investidores de risco, já não mantém a atenção do mercado.

A desvalorização de marcas conhecidas, além de demissões em massa em diversas startups unicórnios mostram que o momento do mercado investidor é outra.

O investidor, mesmo o de risco, já não está tão aberto a apostar em negócios que levam anos para performar e nem sempre trazem lucro. Essa é, inclusive, uma característica comum de muitos negócios ditos inovadores, bancados por fundos de investimento.

Com pouco foco no lucro, as mudanças constantes e o período de maturação de uma ideia fazem a empresa andar numa corda bamba. Sem caixa próprio, estão na linha tênue entre o fracasso e a atração do mercado.

E com a instabilidade econômica, o dinheiro vai para outros lugares. O investidor, agora, está mais propenso a olhar para as chamadas empresas camelo, aqueles negócios que buscam crescer de maneira sustentável e que, por sua gestão mais cautelosa tendem a superar os momentos difíceis do mercado.

O dinheiro, que parecia infinito no mercado investidor, não acabou. Mas agora, o foco é outro: lucratividade. Afinal, sem boa performance e estrutura bem construída, um castelo de areia, por mais bonito que pareça, ainda é um castelo de areia.

Esse novo cenário, no entanto, não significa uma perda na inovação, mas sim a valorização da resiliência empreendedora que, desde o início do negócio teve a clareza sobre a importância dos resultados. Devemos ver, cada vez mais, investimentos em negócios em que inovação e lucro andam lado a lado.

Ganha o mercado, ganha o empreendedor consciente. Cabe a cada um de nós, gestores, olharmos para as nossas empresas e entender de que lado queremos estar: você quer uma empresa camelo ou um castelo de areia? 

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CEO da Ellevo

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