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SC concentra o segundo maior número de construtechs e proptechs do país

Foto: Sura Nualpradid/AdobeStock

Atualmente, o ecossistema de construtechs e proptechs segue um fluxo contínuo de expansão no mercado de construção civil.

De acordo com o 6º Mapa de Construtechs & Proptechs, divulgado nesta semana pela Terracotta Ventures, empresa de venture capital da América Latina dedicada aos mercados imobiliário e de construção civil, os últimos 6 anos apresentaram um crescimento de 282% no número de startups atuando no setor. 

No período entre maio do ano passado e maio deste ano foram identificadas 955 startups ativas ao longo de todo o ciclo de projetos, construção, aquisição e propriedades em uso nos ramos da construção civil e de imóveis.

Entre elas, 64,58% são proptechs focadas no ambiente de transações e propriedades em uso, já nos 35,42% restantes estão as construtechs, voltadas à jornada de projetos e construção. 

“Isso representa aumento de 13,82% nos negócios dedicados ao setor, o que evidencia que o ecossistema continua amadurecendo e originando startups disruptivas no mercado”, avalia Marcus Anselmo, managing partner da empresa.

O mapeamento também apontou que, no último ano, foram feitos 67 investimentos envolvendo startups do segmento. O número resultou num crescimento de 11,6% no volume de rodadas de investimento em construtechs e proptechs no país.

NÚMERO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES CRESCEM

Desde 2020, o ecossistema demonstra sinais de amadurecimento e desenvolvimento de players e startups do setor, fato evidenciado pelo crescimento na quantidade de fusões e aquisições realizadas.

Desde 2014, quase 50 startups passaram por esse processo, sendo 54,05% delas adquiridas por outras startups e 45,95% por outras corporates.

“Podemos destacar a participação do mercado financeiro, que representa 17,85% dos adquirentes. Dentre os possíveis motivadores a essa movimentação está o interesse em oferecer soluções complementares em uma única plataforma”, complementa.

JORNADA DAS STARTUPS

O levantamento revelou que as rodadas de investimentos em startups dos setores de construção civil e mercado imobiliário movimentaram R$ 5,83 bilhões entre maio do ano passado até o mesmo mês deste ano. Entre as teses em destaque estão as Real Estate fintechs, Real Estate as a Service (REaaS) e transações imobiliárias digitalizadas. Esse dado aponta para uma mudança no valor dos aportes e no estágio desses investimentos.

“Estamos em uma fase posterior àquela das ideias brilhantes, agora vemos empresas mais robustas e com executivos mais experientes, enquanto há investidores que entendem melhor sobre esse mercado. Este é o momento de apostas mais significativas em negócios mais relevantes. Os empreendedores estão mais qualificados para entregar o prometido aos investidores que apostaram em seus negócios”, exemplifica.

Ainda segundo o levantamento, cerca de 12,4% das startups que estavam presentes na edição do ano passado, encerraram suas atividades.

“Para o ecossistema do setor de construções, é importante que  toda startup passe por uma jornada envolvendo começo, meio e fim. Ela nasce com o objetivo de validar uma tese, criar uma solução escalável, inovar em algo. Então percorre um caminho em busca de corroborar a viabilidade do modelo, em alguns casos pivota ajustando sua rota até avançar para se tornar uma empresa de alto crescimento ou encerrar suas atividades em caso de insucesso. Isso renova o ecossistema e impulsiona novas ideias”, explica Bruno Loreto, managing partner da Terracota Ventures.

De acordo com o mapa, cerca de 43,12% do total das startups dos segmentos no Brasil concentram- se em São Paulo, seguido por Santa Catarina e Paraná.

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