Até 2025, Santa Catarina precisará qualificar 802,9 mil trabalhadores para a indústria, sendo 152,9 mil em formação inicial, para repor inativos e preencher novas vagas, e 649,9 mil em formação continuada, para profissionais que devem se atualizar.
Os dados e a avaliação são do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo feito pelo Observatório Nacional da Indústria para identificar demandas futuras por mão de obra e orientar a formação profissional de base industrial no país.
“O mercado de trabalho passa por uma transformação provocada pelo uso de novas tecnologias e por mudanças na cadeia produtiva. Por isso, é necessário investir em qualificação e aperfeiçoamento para que os profissionais estejam atualizados”, destaca o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
As ocupações industriais são aquelas que requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção industrial, mas estão presentes também em outros setores da economia.
De acordo com o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado Pereira, há oportunidades em diversos segmentos, mas especialmente naqueles voltados à ciência, tecnologia e engenharia:
“O SENAI tem desenvolvido uma série de formações que permitem ao trabalhador seguir se preparando para uma indústria cada vez mais tecnológica e competitiva. Nossas escolas e a rede de ensino superior oferecem qualificação alinhada à nova economia, seguindo inclusive tendências internacionais”.
Nível de qualificação | Demanda |
Qualificação (menos de 200 horas) | 437.013 |
Qualificação (mais de 200 horas) | 198.072 |
Técnico | 118.082 |
Superior | 49.752 |
TOTAL | 802.919 |
Em volume, ainda prevalecem as ocupações de nível de qualificação, que respondem por 74% do emprego industrial no Brasil hoje.
Contudo, chama atenção o crescimento das ocupações de nível técnico e superior, que deve seguir como uma tendência.
Isso ocorre por conta das mudanças organizacionais e tecnológicas, que fazem com que as empresas busquem profissionais de maior nível de formação, que saibam executar tarefas e resolver problemas mais complexos.
As áreas com maior demanda por formação são: transversais, têxtil e vestuário, metalmecânica, logística e transporte, e alimentos e bebidas.