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Low-Code: como o conceito está democratizando e agilizando o desenvolvimento de softwares 

Foto: Maksim Kostenko/AdobeStock

Visando democratizar o desenvolvimento de soluções tecnológicas, o conceito low-code está ganhando cada vez mais destaque no segmento da inovação.

Ele permite o desenvolvimento de soluções com pouco, ou nenhum, conhecimento de linguagem de programação.

As plataformas desse tipo irão representar 75% do total de softwares desenvolvidos em 2024, segundo estudo divulgado pela Forrester Research

De acordo com Tiago Bilk, COO na Supero, empresa especializada na contratação de profissionais de tecnologia, o movimento vai ao encontro das necessidades de instituições que precisam driblar desafios do mercado, como a falta de mão de obra qualificada:

“Entre os benefícios da programação com pouco código também destaco o maior foco na especialização dos times e o aumento na velocidade do desenvolvimento, o que resulta na aproximação da equipe de tecnologia ao negócio”.

Em muitos segmentos, o desenvolvimento low-code já é uma realidade. A Way2, especializada em medição e gerenciamento de dados para empresas, usinas e distribuidoras, usa tecnologias low-code e ferramentas de Business Intelligence e Analytics para criar soluções que atendam pontualmente às necessidades de negócio de cada um dos clientes da empresa.

Segundo João Pedro Fonte, UX & Applications Coordinator na Way2, seja por meio de dashboards analíticos, integração de dados ou planilhas customizadas, as soluções permitem uma melhor análise das métricas de desempenho e geram insights para embasar a tomada de decisão:

“Temos como prioridade digitalizar os processos que ainda são manuais e, na maioria das vezes, as equipes de tecnologia estão sobrecarregadas e precisando de ajuda. Os recursos oferecidos pelas ferramentas low-code permitem que qualquer pessoa consiga automatizar, ampliar, criar fluxos de trabalho digitais e visões analíticas para desbloquear a produtividade”, explica.

Dessa forma, é possível aumentar a capacidade de criação e entrega de aplicações com maior agilidade e menor complexidade.

A tendência está presente em empresas de diferentes segmentos: o GrupoRV, companhia especializada em soluções imobiliárias presente em mais de 800 cidades brasileiras, usa o conceito especialmente no software de vistorias.

“Temos o desafio de atender o ciclo de vida completo do ativo imobiliário com tecnologia e ferramentas próprias que devem se integrar e, de forma especialmente importante, se parametrizar conforme a necessidade específica de cada operação, cliente e vertical de negócios. Nossa ferramenta de vistorias utiliza o conceito de Low-Code de forma que os times de operações internos possam atuar de forma independente dos times de tecnologia. Um novo tipo de vistoria pode ser adaptado rapidamente pelo time de operações com um mínimo de interação técnica do time de desenvolvimento”, explica Paul Eipper, diretor de tecnologia da empresa.

Da mesma forma, na integração de plataformas e sistemas internos, o GrupoRV adotou uma ferramenta de iPaaS (integration platform as a service) que permite a parametrização das integrações e a evolução dos conectores com pouca necessidade de codificação, para que os projetos de produto e a performance dos times de desenvolvimento não sejam interrompidos por pequenas mudanças nas interfaces.

No caso da APIPASS, startup com modelo de negócios iPaaS , o low-code e seus princípios são aplicados ao universo de integrações de softwares, sistemas e aplicativos.

Para isso, conta com uma interface visual de programação composta por comandos do tipo point-and-click e drag-and-drop que amplia o acesso e democratização da criação de fluxos por pessoas não-desenvolvedoras.

De acordo com Valdemir Silveira, CEO na empresa, a tecnologia iPaaS atrelada ao low-code reduz o tempo de desenvolvimento de integrações:

“A construção dos fluxos de integrações podem levar até uma semana para serem desenvolvidos. Enquanto uma infraestrutura de compartilhamento de dados, sem o uso de uma plataforma iPaaS, demoraria mais de quatro semanas”.

Ele também ressalta que transferências de um sistema a outro, com alto volume de informações e sem apoio do low-code e de uma plataforma performática, poderiam levar até dois meses para serem finalizadas.

O low-code também tem sido a resposta rápida e efetiva para quem está em plena transformação digital. A Stoque, empresa de soluções de automação digital para processos e documentos, aplica o conceito em sua plataforma SaaS de gestão de conteúdo (ECM) e automação de fluxos (BPM) em nuvem, o Ábaris.

O software permite que as organizações criem formulários eletrônicos Low-Code para capturar informações do processo e monitorar indicadores de desempenho em tempo real via dashboards gerenciais.

“Com a ferramenta, as organizações conseguem fazer a gestão de toda a informação corporativa. Isso permite acelerar a transformação digital e aumentar a performance de seus processos”, explica Roberto Carrasco, CTO da empresa.

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