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Cassio Azevedo fala sobre momento atual do venture capital, dicas e o que esperar da sua palestra no Startup Summit

Foto: divulgação.

Com experiências de gestão de recursos, empreendedorismo e atualmente na Astella Investimentos como venture capitalist, Cassio Azevedo é o nono entrevistado da série especial de um dos maiores eventos de inovação, tecnologia e empreendedorismo do Brasil, o Startup Summit, que acontece nos dias 4 e 5 de agosto, em Florianópolis.

Confira a entrevista exclusiva  ao Economia SC:

Para você, qual a importância do Startup Summit?

Um evento de peso para aproximar a comunidade que tem interesse em inovação, investimentos e tecnologia. Basicamente imperdível!

O que podemos esperar da sua palestra no evento?

Uma provocação sobre se o que fazemos é valuation de startups ou precificação de rodadas, além de explicar parte da visão da Astella no atual momento conturbado de mercado.

Pesquisas recentes, como a da Distrito, mostram uma quebra no número de aportes feitos neste ano. Qual o cenário que o venture capital está passando no Brasil?

O Brasil segue o mercado mundial de venture capital, então a diminuição do ritmo de investimentos também está acontecendo por aqui. Achamos provável que a redução dos preços das empresas do mercado privado também sigam a mesma dinâmica, com um tempo de resposta de 6-12 meses de atraso.

Como a própria Astella Investimentos têm se movimentado nesses primeiros seis meses?

Primeiro, fomos transparentes sobre nossa visão de mercado, como podem atestar pelas nossas publicações de conteúdos para toda a comunidade. Além disso, nossa gestão interna de portfólio é pro ativa para nos prepararmos para essa eventual redução de volumes de investimentos e de preços das rodadas: contaremos mais disso durante a apresentação do evento.

Quais os principais critérios para considerar uma tese em um bom investimento? O que precisa ter num pitch ideal para conquistar os investidores?

Resposta mais extensa, mas tentarei reduzir em 2 dimensões:

  • Qualitativa: clareza do problema solucionado, time (fit com problema, complementaridade entre founders, conhecimento específico do problema, perfil), visão, propósito, narrativa do pitch etc;
  • Quantitativa: tração (medida pela relação entre maturidade da receita e velocidade do crescimento dos últimos 6 meses), tamanho da rodada (com a respectiva descrição do uso do dinheiro), preço da rodada, descrição do mercado, termos de governança do potencial negócio etc…

E não se esqueçam de treinar bem o pitch! Faz toda a diferença!

No movimento que vimos acontecer, principalmente durante a pandemia mais forte, os cheques costumavam ser bem generosos. Quais fatores levam investidores a concentrarem mais capital em um único negócio, mesmo diante de uma crise econômica/política/sanitária no Brasil?

Excessiva liquidez de capital no mundo: o custo do dinheiro estava muito barato, incentivando a maior tomada de risco por vários participantes do mercado. Agora que os juros estão subindo para combater a inflação pelo mundo, o custo do dinheiro aumenta, e acreditamos que essas rodadas menos fundamentadas sejam menos frequentes.

Quais são as principais dicas para quem busca um investidor de venture capital?

A principal é começar o relacionamento o quanto antes: nesse negócio, isso conta muito. Outras secundárias: estude os conteúdos e teses, entenda das filosofias de cada casa e busque referências entre os empreendedores.

Acompanhe os principais conteúdos sobre o Startup Summit aqui.

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