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CTO da 49 educação fala sobre semelhanças entre o Vale do Silício e SC e o que esperar da sua palestra no Startup Summit

Foto: divulgação.

Leonardo Burtet é CTO da 49 educação, professor e gerente de produtos, ou seja, alguém que se amarra em resolver problemas e dar aulas. É capaz de ensinar seus alunos a colocarem aplicativos no mercado mesmo que não saibam uma linha de código. Ele é o décimo entrevistado da série especial de um dos maiores eventos de inovação, tecnologia e empreendedorismo do Brasil, o Startup Summit, que acontece nos dias 4 e 5 de agosto, em Florianópolis.

Confira a entrevista exclusiva  ao Economia SC:

Para você, qual a importância do Startup Summit?

Leonardo: O Startup Summit é um evento de prestígio nacional que mostra a força do ecossistema de startups do Brasil e de Florianópolis, uma das cidades mais inovadoras do país. É o momento perfeito para gerar, nutrir e fortalecer conexões com stakeholders e ainda aprender muito com os maiores empreendedores desse mercado.

O que podemos esperar da sua palestra no evento?

Leonardo: Na palestra “Low-code e no-code: Como começar sua startup sem um CTO?”, além de muito conteúdo de peso sobre aplicações low-code e no-code, você pode esperar uma palestra extremamente envolvente e divertida. Acredito que conhecimento é melhor quando compartilhado, por isso vou abrir a “caixa de pandora” para mostrar todos os hacks que você pode utilizar para começar a sua startup sem um CTO. 

A 49 educação trouxe um modelo de negócio inédito ao Brasil, a Startup University. Como surgiu o insight para esse conceito?

Leonardo: Eu e o meu sócio, Leandro Piazza, sempre fomos apaixonados por educação. Em 2019 o Leandro teve a oportunidade de estudar no programa Accelerate Your Startup Idea em Stanford, no Vale do Silício. A partir dessa viagem, entendendo o mercado de educação para startups e as metodologias utilizadas pelos negócios que mais crescem no mundo, nós decidimos começar a 49 educação através do programa Startup University, uma aceleração de 8 semanas que leva empreendedores do zero à captação do primeiro investimento. Essa jornada deu tão certo, que nos primeiros 9 meses de operação nós vendemos o primeiro R$ 1 milhão e estamos dobrando de tamanho a cada ano. Desde então, já aceleramos mais de 1.300 startups e geramos mais de R$ 200 milhões em valuation para o mercado através das startups investidas no nosso portfólio.

Qual metodologia vocês usam? Como funciona?

Leonardo: Hoje a 49 educação é um ecossistema completo e voltado para o desenvolvimento de fundadores de startups, aqueles empreendedores que estão iniciando a sua jornada e possuem startups em estágios mais iniciais. Nossa operação funciona em 4 camadas:

  • Guia de Lançamento para Startups: aqui nós nos aproximamos dos empreendedores e aumentamos a percepção de marca através de programas gratuitos com conteúdos de pré-aceleração que já impactaram mais de 30 mil pessoas, como por exemplo, o Zero Um Startups, iniciativa desenvolvida em parceria com o Sebrae SC que hoje é o maior evento de criação de MVPs do Brasil.
  • Startup University: é o segundo passo, onde de fato, o empreendedor passa a estar inserido no nosso ecossistema. A Startup University é um processo de aceleração de 8 semanas, que trabalha conceitos de Validação, MVP, construção de Máquina de Vendas e Captação de Investimentos, onde o empreendedor tem acesso a aulas Ao Vivo, Frameworks exclusivos desenvolvidos pela 49 educação e validados por mais de 1300 empreendedores, e Mentores preparados para atender as startups por nível de maturidade e segmento do negócio.
  • Comunidade: ao adquirir a Startup University, o empreendedor também passa a acessar a nossa comunidade com encontros mensais de suporte jurídico, captação de investimento e aulas com empreendedores que já venderam negócios e investidores profissionais.
  • Rede de Investidores: para as startups de destaque do nosso ecossistema, oferecemos a possibilidade de realizar Deal Flow com investidores e casas de investimento parceiras. Até o momento, intermediamos 40 captações para o nosso portfólio, com cheques que variam de R$ 200 mil a R$ 7,5 milhões, gerando um valor de mercado somado para essas startups de mais de R$ 200 milhões.

Quais as semelhanças do ecossistema do Vale do Silício com Santa Catarina, especificamente a Ilha do Silício, como Florianópolis é chamada atualmente? O que ainda precisa evoluir por aqui?

Leonardo: Existem alguns fatores interessantes que levam a essas semelhanças, como a presença de empresas, universidades e instituições fortes, que dão suporte metodológico e financeiro ao surgimento de bons empreendedores e consequentemente boas startups. O que ainda pode ser melhorado, não somente em Florianópolis, mas também no Brasil, são as burocracias e impostos que mais atrapalham o desenvolvimento empreendedor do que ajudam, matando modelos de negócios mais disruptivos e inovadores.

Acompanhe os principais conteúdos sobre o Startup Summit aqui.

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