Com mais de 15 anos de experiência em comunicação digital, atuou na Sapient AG2, A2C e na ContaAzul e, agora ocupa a posição de CMO e co-fundador da Transfeera, uma fintech de gestão e automação de pagamentos e recebimentos que ajuda empresas a simplificarem a rotina financeira, Fernando Nunes é mais um entrevistado da série especial de um dos maiores eventos de inovação, tecnologia e empreendedorismo do Brasil, o Startup Summit, que acontece nos dias 4 e 5 de agosto, em Florianópolis.
Confira a entrevista exclusiva ao Economia SC:
Para você, qual a importância do Startup Summit?
Fernando: O Startup Summit é a oportunidade ideal para estreitar laços no ecossistema, conhecer outras empresas, conectar com futuros parceiros de negócios. Acredito que o evento impulsiona a inovação e cria um ambiente propício para troca de ideias e aprendizados.
O que podemos esperar da sua palestra no evento?
Fernando: Estarei junto com dois super nomes do ecossistema de fintechs, o André da A55 e o Eládio da Payface, então, o público pode esperar muito conteúdo de qualidade. Vamos falar sobre como construímos e escalamos nossos negócios, um conteúdo bem pertinente para quem empreende, especialmente em meios de pagamento.
Com 5 anos no mercado, a Transfeera já se destaca no mercado com um sistema de gestão, pagamentos e recebimentos para empresas. Qual foi o insight para criar o negócio e quais os principais diferenciais da empresa?
Fernando: A Transfeera nasceu com o propósito de simplificar a rotina financeira de empresas e também de diminuir os custos relacionados às transferências bancárias (TED, DOC). Costumo dizer que fizemos em 2017 o que o PIX faz hoje: entregar agilidade, segurança e escala para as empresas que têm uma grande quantidade de pagamentos a serem feitos ou recebidos. Nosso protótipo era B2C, ou seja, queríamos mover dinheiro entre pessoas de forma mais simples e sem taxas, essa ideia surgiu num almoço em que um dos meus atuais sócios queria fazer uma transferência mas o valor da taxa era quase o valor da transferência. Nesse momento tivemos o insight de que alguma coisa poderia ser feita no sentido de facilitar essas transações. Depois de algumas capacitações, incluindo a do Startup SC, nós entendemos que as empresas careciam muito mais de inovação no sistema financeiro, então, voltamos o nosso produto para o B2B. Hoje, temos o PIX como motor do negócio e continuamos entregando segurança e agilidade para as empresas que nos escolhem como parceiros. Nosso diferencial está na agilidade que sempre entregamos, na qualidade do nosso atendimento, na qualidade das pessoas que fazem parte do nosso time e na nossa tecnologia.
No ano passado o faturamento quase atingiu R$ 10 milhões e numa entrevista você comentou que a meta era dobrar esse número este ano. Qual o balanço do primeiro semestre?
Fernando: O balanço é positivo, comparando o primeiro trimestre de 2022 com o primeiro trimestre de 2021, tivemos um aumento de 250% em valores movimentados na nossa plataforma. Em relação aos clientes, considerando o mesmo período, o aumento foi de 86%. O nosso objetivo se mantém em dobrar o faturamento até o final do ano.
No ano passado vocês estavam em validação junto ao Banco Central do Brasil para ser uma instituição de pagamento regulada. Isso já se concretizou? Quais as principais diferenças após esse processo?
Fernando: Ainda estamos no processo para nos tornarmos uma instituição de pagamento regulada junto ao Banco Central. Hoje, operamos indiretamente por meio de parceiros regulados, e a partir da obtenção da licença, poderemos operar diretamente, sem depender de parceiros. Com isso, conseguiremos entregar ainda mais agilidade e velocidade aos nossos clientes.
O que podemos esperar da Transfeera nos próximos meses? Quais são os próximos passos da empresa?
Fernando: Estamos sempre atentos ao cenário de inovação, temos o propósito de ajudar a simplificar a rotina de pagamentos das empresas e também de desenvolver a melhor tecnologia. Como produto, procuramos habilitar pagamentos de forma simples e segura para qualquer empresa de crescimento. Sendo assim, nossos próximos passos estão relacionados à evolução das nossas soluções, com um olhar sempre atento às novidades do setor, como o Open Finance, uma vez que já temos o Pix incorporado ao nosso negócio.
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