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Como o setor de educação se transformou para sobreviver a pandemia

Foto: krerksak/AdobeStock

A pandemia impactou diversos negócios que dependiam da interação e presença do público para acontecer. Nesse sentido, o setor educacional privado foi um dos mais afetados no período.

Proibidos de continuar com as aulas presenciais, os negócios se adaptaram, expandiram o ensino à distância e aumentaram o acesso à educação no país, fazendo o setor voltar a registrar crescimento este ano.

De acordo com resultados operacionais e financeiros apresentados pelos principais grupos educacionais, só no primeiro trimestre deste ano, os negócios registraram crescimento de 42,6% na base de alunos, o que representa mais de um milhão de novas matrículas.

“Com investimentos pesados no ensino à distância e a maior aceitação do público a essa modalidade, o mercado da educação sofreu uma grande transformação na pandemia. Apesar de termos passado por momentos desafiadores nos últimos anos, conseguimos nos reerguer e criar novos negócios a partir de um serviço que é praticamente uma commodity para o setor produtivo. Para o futuro, o segmento deve continuar com uma curva de crescimento nos investimentos que já dobraram durante a pandemia, explica Sérgio Luz, gerente e sócio fundador da Telos, empresa de educação voltada para a área de saúde.  

Além disso, o setor observou um crescimento de 24,3% na receita, incremento de R$ 822 milhões no período, com cerca de R$ 3 bilhões projetados para os 12 meses do ano.

Só no segmento de franquias, o setor educacional cresceu 8,8% em faturamento no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados da Associação Brasileira do Franchising (ABF).

O estudo Diagnóstico Setorial das Redes de Educação, realizado pela mesma instituição, revelou que 88,9% das redes aumentaram os recursos de ferramentas tecnológicas para implementar ou otimizar o ensino à distância. Cerca de 79,2% das marcas ministram cursos no formato online. 

“Essa transformação no setor abriu novas oportunidades de investimento e negócios com educação. Com os recursos e credibilidade que temos hoje na educação online, é possível construir um negócio educacional com foco em aulas EAD, e otimização de métodos de ensino. O home office e o distanciamento, nos deram a oportunidade de reinventar o setor educacional e ampliar o acesso a educação” complementa.

Pensando nisso, ele e sua esposa, Eliane Thyssen, viram a oportunidade no setor e colocaram em prática um sonho antigo: desenvolver um novo conceito de negócio na área educacional.

Este ano, a Telos Educacional anunciará o lançamento do seu modelo de franquias. A empresa, que trabalha com educação direcionada à área da saúde, atua desde 2008 no Brasil e faturou mais de R$ 2 milhões no ano passado.

O negócio visa investidores que queiram entrar no setor educacional híbrido. O valor do investimento ainda não foi divulgado, mas por trás da ideia, há uma estrutura criada para atender alunos seja de forma presencial ou online. 

O empresário conta que os cursos oferecidos na franquia estarão dentro das áreas de saúde e educação. Ele também explica que as modalidades vão de extensão até pós-graduação e MBA. 

“Foi um modelo desenvolvido ao longo de vários anos. O franqueado, basicamente, atuará com a venda de matrículas, ou seja, a formação dos estudantes”, comenta. 

Hoje, a Telos conta com uma estrutura de mais de 2500,00 m² com sistema de estúdio audiovisual para oferecer as aulas remotas.

São mais de 15 mil alunos já formados no instituto, que hoje tem a sua base localizada na cidade de Campinas, interior de São Paulo

“Todo o corpo docente da sede estará disponível para ajudar os franqueados com as contratações e além disso realizaremos um trabalho de captação de novos professores  com base nos seus critérios técnicos e experiência profissional, acadêmica e de titulação”, explica.

Para a expansão, regiões como Sudeste e Sul estão no foco da empresa, contudo, qualquer área do país pode ser considerada de acordo com a capacidade de investimento do candidato à franquia. A meta é ter 100 unidades em operação nos próximos 2 anos.

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