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Crescimento de demissões voluntárias mobiliza empresas a buscarem soluções para reter talentos

Foto: DC Studio/AdobeStock

Depois de países como Estados Unidos, Reino Unido e China, chegou a vez do Brasil passar pelo fenômeno da Great Resignation, com grandes números de profissionais pedindo demissão voluntária.

Segundo dados recentes do Caged, desde agosto do ano passado, a média de pedidos de desligamento vem se mantendo em torno de 500 mil por mês. Em março, esse número bateu o recorde: foram mais de 600 mil pessoas abandonando seu posto de trabalho. 

Preocupadas com a debandada de colaboradores, empresas brasileiras têm apostado em parcerias com HRtechs, principalmente as que têm soluções para ajudar as empresas a atrair e reter talentos.

A Pulses, empresa que tem soluções de clima, engajamento e performance medidos de forma contínua, foi uma das organizações que viu seu negócio expandir com a pandemia.

No ano passado, a scale-up triplicou as vendas, alcançou mais de 600 mil colaboradores na plataforma e chegou a aumentar em 7 vezes o número de cadastrados na ferramenta. O faturamento também disparou: a empresa registrou R$ 10 milhões em receita anual recorrente.

“Hoje, mais pessoas estão sendo ouvidas continuamente e, por consequência, há maior impacto no clima e engajamento das empresas, o que explica nossa rápida ascensão no mercado e o futuro promissor do nosso negócio“, comenta Cesar Nanci, CEO da Pulses.

Através de pesquisas semanais e um algoritmo avançado, a empresa consegue coletar dados preciosos para RH e gestores, incluindo a predição da demissão voluntária.

Assim, as lideranças conseguem agir de forma mais rápida e eficaz sobre os problemas que realmente estão causando a falta de engajamento e a vontade de sair da organização.

“A pandemia trouxe ainda mais instabilidade e incertezas para um mundo que já estava extremamente instável. Por isso essa necessidade de digitalizar ainda mais o RH, buscando ferramentas para aumentar o nosso grau de previsibilidade. A lógica agora é entender comportamentos passados para prever o futuro”, destaca o empresário.

A Deskbee é outra HRtech que cresceu ao longo da pandemia, no ano passado, o aumento da base de clientes foi de 700%.

A startup já passou de 350 clientes corporativos, incluindo os escritórios brasileiros de organizações globais, como WarnerMedia, Heineken, Renault e Deutsche Bank, e unicórnios como Nubank, iFood, Loggi, Quinto Andar, Linx, Stone e Loft.

Nos quatro primeiros meses deste ano, a plataforma somou mais de 1 milhão de acessos, número que supera o total de visitas registradas ao longo de todo o ano passado.

A receita? A empresa trabalha com uma tecnologia de gestão do escritório híbrido: a empresa estreou a plataforma em 2019, prevendo o híbrido como um modelo que se consolidaria ao longo dos próximos 5 anos, mas a pandemia, claro, antecipou a tendência.

“Com o avanço do modelo, algumas áreas antes afastadas começaram a orbitar em torno da tríade ‘pessoas-espaço-performance. Assim, o RH se aproximou da área de facilities, e estas duas começaram a dialogar com áreas mais ligadas ao core do negócio, principalmente nas atividades corporativas. Com isto, soluções tecnológicas para essas áreas precisam ter capacidade de entender este ecossistema mais complexo, buscando resolver problemas transversais”, complementa Mário Verdi, CEO da Deskbee.

CONCORRÊNCIA MUNDIAL ACIRRA A DISPUTA POR TALENTOS EM BIG TECHS

No setor de tecnologia, contratar e reter talentos é ainda mais desafiador. A escassez de mão de obra, frente a alta demanda, faz com que sejam os profissionais a escolherem em qual empresa querem trabalhar e, com isso, as companhias precisam estar preparadas e se adaptarem às mudanças.

Essa corrida por desenvolvedores impulsionou o crescimento da GeekHunter, startup de recrutamento de profissionais de TI, que viu o negócio triplicar de tamanho nos últimos anos.

No ano, a organização registrou mais de 210% de aumento no faturamento, dobrou o número de profissionais cadastrados, atualmente com 200 mil, e hoje tem mais de 10 mil clientes contratando por meio da plataforma, como Amazon, B2W, Accenture, Capgemini, Locaweb, IBM, Zup Innovation e NTT Data.

Este ano, a empresa também está expandindo a atuação para o exterior para conectar candidatos da América Latina com oportunidades de países como Estados Unidos e Canadá.

A startup une tecnologia e um time de especialistas em recrutamento tech para dar o match entre companhias que estão com vagas abertas e profissionais de TI que buscam um novo emprego.

“Além de apenas preencher vagas, precisamos criar um relacionamento entre empresas e pessoas desenvolvedoras que faça sentido para ambas e que seja duradouro. A retenção de talentos começa no processo seletivo, identificando as necessidades da companhia, melhorando seus processos seletivos como um todo, atraindo e engajando perfis adequados às vagas. Do lado do candidato, é preciso entender o que ele espera com a oportunidade e se a vaga está alinhada às suas expectativas e valores”, conta Tomás Ferrari, CEO e fundador da GeekHunter.

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