Search

Empresa de SC lança jogo em parceria com braço tech da Magazine Luiza

Compartilhe

Rafael Barbosa e Gabriela Gaio, sócios da Yellow Panda. Foto: divulgação.

Um sonho de criança que se tornou realidade: trabalhar com desenvolvimento de jogos. Rafael Barbosa começou apostando em seu próprio jogo ainda na faculdade. Hoje, a empresa que ele comanda, a Yellow Panda, prestes a completar 6 anos no mercado, é parte até mesmo do portfólio da Magalu Games, no qual o lançamento do jogo feito para a gigante varejista será nesta semana.

Para estrear minha coluna, que vai focar no universo de tecnologia, convido vocês a lerem o bate-papo com o Rafael, que por acaso viu uma palestra minha lá em meados de 2015, enquanto ainda estava na faculdade. Coincidência ou não, cá estamos hoje trocando figurinhas: 

Qual foi o insight para criar a empresa?

Rafael: Desde pequeno sempre tive o sonho de ter uma empresa de jogos digitais e decidi tentar tornar isso realidade, durante o meu trabalho de iniciação científica, terminando a faculdade. O objetivo era produzir um jogo, publicar na Steam e para isso eu precisava de um CNPJ. A partir disso, eu criei a marca Yellow Panda Games. Após publicar o jogo A Story of Distress, eu submeti ele ao SBGames e foi finalista nas categorias “Melhor Jogo de Estudante” e “Melhor Jogo”. Depois disso, a realidade de ter uma empresa começou a me atingir, logo percebi que jogos autorais é um caminho bem caro e arriscado para seguir, então decidi ir atrás de alguma fonte financeira mais sustentável para a empresa e foi aí que eu consegui algumas oportunidades pequenas de outsourcing e advergames. Lentamente a empresa foi crescendo, ano a ano se tornando cada vez mais relevante no mercado, atingindo clientes cada vez maiores e com uma equipe e infraestrutura melhores. Durante esse período de projetos B2B, a minha sócia Gabriela entrou na empresa para auxiliar na parte de gestão de projetos. Hoje ela como COO coordena a equipe para que os projetos sejam entregues enquanto eu como CEO cuido da parte mais burocrática da empresa, incluindo estratégias, parcerias, vendas e finanças. A empresa hoje trabalha com todo tipo de plataforma e engines. Atendemos diversas agências de marketing e estamos atualmente voltando a nos inserir no mercado de jogos autorais por meio de jogos mobile, acredito que o Speed Box, nosso mais novo lançamento, vai formalizar um momento importante para a nossa história.

Prestes a completar 6 anos, quais foram os principais projetos desenvolvidos?

Rafael: Desenvolvemos diversos jogos para a plataforma Giga Gloob, plataformas de jogos para a Netflix e SENAR-MS, filtros de Instagram para a Meta e Microsoft, aplicativos de realidade aumentada para a Nissan e diversos outros projetos para grandes marcas. Publicamos o jogo A Story of Distress, Idle Black Hole e agora o Speed Box. Os primeiros 3 anos da empresa foram um tanto quanto complicados, apesar do crescimento constante, foi preciso muita estruturação e autorreflexão para entender melhor o nosso mercado. No terceiro ano de empresa, em meio a diversos projetos pequenos, entregamos um projeto enorme para a Netflix. A partir disso, decidimos focar em estruturar os processos de vendas e reavaliar os pilares da empresa para que projetos grandes assim se tornassem o padrão da empresa. 

Recentemente, vocês ganharam o edital do Magalu Games, braço de desenvolvimento de jogos da Magazine Luiza. Como foi esse processo? 

Rafael: Estou há um bom tempo estudando o mercado de jogos mobile, especificamente o de hiper casuais e estive tentando criar um braço da empresa que fosse especializada nesse ramo. Meu objetivo era atacar diversas oportunidades, falar com publishers e parceiros para conseguir acordos que nos possibilitaram entrar nesse mercado. Durante esse período, recebi a notícia de que a Magalu havia aberto este edital e repassei para a nossa equipe de gerenciamento para submetermos uma ideia, que se concretizou em um jogo chamado Speed Box, aceito pela Magalu Games. É um jogo mobile casual de quebra-cabeça, o jogador controla um bloco e precisa desenhar a sua trajetória na tela e guiá-lo para o fim dos níveis na menor quantidade de movimentos possíveis, é um jogo de lógica com uma temática calmante e abstrata. O jogo está disponível na Google Play Store e na Apple App Store. O desenvolvimento do jogo como um todo foi super tranquilo, a Magalu dispôs uma equipe para nos auxiliar a qual devemos apenas agradecimentos.

Quais os planos da empresa até o fim do ano e a médio prazo? 

Rafael: Hoje o que mantém a nossa empresa são os projetos B2B, advergames, filtros de Instagram em realidade aumentada, ativações para eventos, jogos educativos, entre outros.. Nosso objetivo para este ano é conseguir gerar um faturamento considerável no mercado B2C e entender como esse mercado de fato funciona para que a partir do ano que vem, seja possível escalar esse lado da empresa com força e determinação.

Compartilhe

Especialista em tecnologia com mais de 20 anos de experiência no planejamento, gestão e desenvolvimento de projetos inovadores.

Leia também