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Startup de SC pioneira no atendimento em libras oferece oportunidades de carreira para surdos

Foto: divulgação.

A Pessoalize, startup de Florianópolis especialista em canais digitais e pioneira no atendimento em Libras, encontrou no no público surdo um nicho de mercado bastante carente, que vai de encontro à ideia de trazer acessibilidade e uma experiência de alta qualidade para todos os consumidores.

A startup nasceu com o DNA do digital, traz em sua essência a diversidade, inclusão e igualdade entre as pessoas.

“Nossa principal característica é a profundidade, nos propondo a ser autoridade no que vamos fazer. Isso fez com que aprendêssemos sobre a comunidade surda, adaptando todo o nosso negócio para que isso fosse realidade e não só discurso. Hoje vivemos em um ambiente diverso, parte porque o contact center já proporciona isso (por ser um ambiente de entrada no mercado de trabalho), mas libras e a comunidade surda nos abriram os olhos e fizeram com que enxergássemos muito mais além”, afirma Joseph Lee Kulmann, CEO e fundador da Pessoalize empresa.

Essa expertise e cuidado em tudo o que é feito se reflete na experiência dos colaboradores da startup. Keli Silva, analista de desenvolvimento da startup, que é surda, passou por muitas dificuldades em experiências de trabalho anteriores, em empresas que buscavam apenas cumprir cotas.

“Aqui na Pessoalize temos inclusão, acessibilidade, intérpretes nas reuniões, é uma empresa incrível, que vem mostrando que ouvintes e surdos são iguais, não existe diferença entre nós. Ela valoriza e incentiva a igualdade. É algo que eu admiro muito”.

Ruana Silva, mulher trans, encontrou incentivo e pessoas que acreditam em seu potencial, além de ter conquistado uma promoção. Sua gerente da Pessoalize lhe disse:

“Acho que você não tem noção do quanto é genial. Você passa muita segurança, mesmo que não domine o assunto, e não tem noção do seu potencial. Quero que você comece a ver as coisas de uma outra perspectiva”, relembra.

COMO TUDO COMEÇOU

A empresa nasceu pela expertise do fundador, que já atua no mercado de contact center há 20 anos. Filho de uma operadora de contact center, começou a trabalhar na área aos 18 anos e aos poucos foi crescendo na carreira, passando pelos cargos de gerente e superintendente de operações e morando em diferentes cidades, como Florianópolis, Porto Alegre e São Paulo, além da Argentina. Atuou em grandes empresas do setor e foi sócio de uma startup, vendendo posteriormente a sua parte.

“Em meio a esse processo de venda eu fiz consultorias em televendas e atendimento. Uma delas foi para a Espaço Laser. Quando chegou a hora do televendas, eu vi que poderia criar uma operação para eles em Floripa”, conta o empresário.

Ele destaca que o objetivo inicial era ter toda a operação que consistia em 28 vagas. Ao trazer as primeiras sete pessoas, a performance foi o dobro do que era feito até então.

Sendo assim, eles foram convidados para a convenção nacional das franquias da marca. Lá, a ideia era fechar contrato com 35 franquias, mas conquistaram 128.

A chegada da pandemia em 2020, porém, interrompeu os planos de expansão. Foi aí que surgiu o atendimento em libras, inicialmente para a área da saúde, na telemedicina.

Joseph percebeu o potencial deste nicho que poderia ajudar a Pessoalize a se diferenciar das demais empresas do mercado.

“Atendemos 26 marcas. Precisamos ampliar negócios com os clientes atuais, o que poderemos fazer mostrando o valor das operações que já temos. O faturamento deve ser multiplicado por cinco esse ano”, projeta o fundador.

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