Por Guilherme Pellegrini, gerente de operações da Questor.
A transformação digital é um fenômeno global e de grande relevância para o universo corporativo. Este movimento estimula a reformular processos, abre portas para níveis elevados de produtividade e desempenho e está presente na realidade de empresas dos mais diversos portes e segmentos. Quando levamos a discussão para o setor contábil, a importância é a mesma, e talvez ainda maior, devido à complexidade em cumprimento às legislações e obrigações fiscais. Sendo assim, o papel da tecnologia é transformar as operações rotineiras em procedimentos ágeis e eficientes.
Porém, para analisarmos o tema com totalidade e abrangência, é fundamental entender como as coisas funcionavam antigamente, qual é o status atual e como será nos próximos anos. Afinal, o próprio conceito de transformação digital se encontra em um estágio de mudança e aprimoramento constante, exigindo um olhar atento por parte de lideranças da área contábil.
Tecnologia surge como ponto de virada para a contabilidade
Sob a perspectiva dos escritórios de contabilidade, a utilização de sistemas manuais, durante muito tempo, foi a única forma plausível de se conduzir atividades rotineiras e garantir a continuidade dos processos. Porém, junto ao uso dessas ferramentas, a alta carga de trabalho passou a demandar do capital humano uma função que não lhe é devida: gerir, armazenar e movimentar dados de forma adequada, com rapidez, assertividade e segurança.
De certo, esse é um ponto crítico que serviu de abertura para a consolidação tecnológica no segmento. Com a implementação de uma solução robusta, a equipe contábil terá um cenário de controle e segurança por meio de procedimentos automatizados, especialmente os que são repetitivos e padronizados. Operações de auditoria, apuração, transmissão e envio de guias são exemplos bem-vindos, pois se relacionam com o regime tributário do Simples Nacional, utilizado com recorrência por vários usuários.
A comunicação entre público e privado está se modernizando no Brasil. É preciso ter o apoio de recursos que resultem em ganhos de produtividade, partindo de funcionalidades compatíveis com sistemas propostos pelo Governo Federal, como o SPED Fiscal e os Planos Referenciais exigidos pela Receita Federal Brasileira (RFB). O ambiente tributário brasileiro tem passado por mudanças em prol de mais simplificação e, diante esse cenário, as empresas devem se movimentar para acompanhar uma tendência que só beneficiará a todos.
Automação aponta para um futuro simplificado
Hoje, não é nenhum exagero afirmar que abraçar a transformação digital é uma questão não só de competitividade, como também de necessidade. Não por acaso, grande parte das profissões do futuro são originadas pelo avanço de novas tecnologias, como é o caso de cientistas e analistas de dados, especialistas em Machine Learning e profissionais de Big Data, entre outros cargos de extrema relevância.
Isso se estende para a área contábil, afinal, as informações estão no centro de mudanças positivas. Mirando um controle organizacional maior, a inovação mostra-se capaz de reunir os dados armazenados em um ambiente seguro, de modo que esses materiais sirvam de análise e visualização sobre etapas importantes. Isso implica, entre outros benefícios, em uma rotina agilizada e preparada para suportar demandas que não deixarão de crescer e mudar.
Para encerrar o artigo, atualmente, muitos escritórios optam por ampliar seus ramos de atuação ao adotar robotização e sistemas robustos, para automatizar e simplificar seus processos, o que garante liberdade para o usuário ser mais estratégico e menos operacional. O resultado, caso essa transição seja conduzida com a excelência desejada, será uma empresa amadurecida digitalmente, com serviços de contabilidade orientados à eficiência estratégica e alta produtividade operacional, amargando menos prejuízo e mais lucro líquido.