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O futuro do trabalho pede atualização e equilíbrio

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Foto: Daniel Zimmermann.

O Relatório do Fórum Econômico Mundial cita quatro grandes tendências que impactam na evolução do trabalho. São elas: mudanças tecnológicas, transformações sociais e demográficas, mudanças climáticas e transição verde e o impacto contínuo da pandemia.

A sociedade vive um importante momento de transição e de definição. Estamos entrando na quarta revolução tecnológica, com a expansão da capacidade humana com máquinas, algoritmos e inteligência artificial, com a conexão total em rede, incluindo a internet das coisas e a Indústria 4.0. Testemunhamos o aumento da diversidade da força de trabalho e dos desafios para capacitar tecnicamente as pessoas, com demandas cada vez mais complexas, para continuar entregando valor aos clientes. 

Não há outra opção senão se adequar a esse cenário de transformação e, para isso, é imprescindível construir e praticar a cultura de inovação, mas é preciso, também, equilibrar desenvolvimento técnico (hard skills) com inteligência emocional (soft skills). É nesse equilíbrio que está a chave para o sucesso no futuro. Aliás, somente a harmonia entre uma coisa e outra garante um futuro.

Além de todas as transformações tecnológicas, outras megatendências têm grandes impactos globais. Por exemplo, as mudanças climáticas, que já estamos sentindo, estão aí para provar isso. E, segundo o consenso científico, elas vão continuar piorando enquanto a humanidade não tomar medidas drásticas para o controle dos impactos da economia baseada na queima de hidrocarbonetos. Segmentos econômicos inteiros estão sendo impactados negativamente, enquanto novas tecnologias podem criar as soluções que precisamos. Os novos líderes de mercado poderão surgir no desenvolvimento dessas soluções.

Novas formas de geração de energia e utilizá-la para a produção, o transporte, a construção, entre outras áreas criarão grandes oportunidades para as empresas inovadoras. E, para isso acontecer, as exigências profissionais também serão diferentes. Quanto ao impacto da pandemia, isso ainda permanecerá por um bom tempo, acelerando a implantação do trabalho remoto e transformando a maneira como vários profissionais efetivamente trabalham.

Diante de tantas e diferentes mudanças, as pessoas precisam ter oportunidades de recapacitação, para poderem ser absorvidas por esse novo mercado de trabalho, mais complexo, mais tecnológico e mais exigente. É preciso acreditar na capacidade humana para a adaptação, e dar oportunidades e condições para as pessoas aprenderem novas habilidades, para se integrarem ao novo modelo econômico de base tecnológica. 

O Fórum propõe um novo framework para o bom trabalho, que consiste em: promover salários justos e justiça social, para que todos possam ter uma vida confortável a partir do seu trabalho; fornecer flexibilidade e proteção, para as pessoas terem autonomia e poder de decisão; entregar saúde e bem-estar para todos: para aumentar a qualidade de vida e a produtividade, impulsionar a diversidade, equidade e inclusão. A diversidade é fonte de inovação. E as pessoas precisam de chances para progredirem; e fomentar a empregabilidade e a cultura de aprendizagem: as empresas precisam  compreender as limitações e desenvolver as capacidades dos colaboradores para que possam contribuir cada vez melhor.

A mudança está acelerando cada vez mais e as relações de trabalho precisam evoluir de acordo, para criar um futuro melhor para todos. O momento exige ação decisiva das pessoas em posição de liderança para definir um curso certo para suas empresas, e garantir mais do que a sobrevivência, a capacidade de crescer e prosperar agora e sempre. 

Mudanças de paradigma geram crises, mas também oportunidades únicas. Os líderes que realmente compreenderem essa transformação de cenário, e conseguirem adaptar suas estratégias, direcionando suas empresas para mitigar riscos ao mesmo tempo em que aproveitam a nova onda de possibilidades, têm a chance única de revolucionar seu posicionamento no mercado e sair na frente. 

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Estrategista de marcas, especialista em inovação de marketing e fundador da Nexia Branding.

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