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Habilidades interpessoais são mais valorizadas após mudanças no modelo de trabalho

Foto: Danii Pollehn/AdobeStock

A mudança no modelo de trabalho está impactando o perfil de profissionais valorizados pelas empresas. Segundo a McKinsey, a expansão da tecnologia, que permite mais flexibilidade para a jornada, trouxe novos paradigmas sobre a participação das pessoas dentro das organizações.

O estudo revela que as empresas estão priorizando pessoas disponíveis a trazer e compartilhar ideias inovadoras.

Além disso, com a possibilidade de fazer reuniões virtuais, as corporações estão interessadas em  promover a diversidade e também em desenvolver relações mais centralizadas no cliente.  

Exemplo disso é a Captei, proptech com plataformas para a captação de imóveis e gestão da jornada de locação.

A startup ampliou áreas como marketing, vendas, tecnologia da informação e customer succsess  após receber um investimento de R$ 7,5 milhões liderado pela DOMO Invest, Terracotta Ventures e ACE Startups.

“Mesmo com a capacidade monetária para ampliar o time, ainda temos dificuldade em contratar profissionais qualificados que se encaixem na cultura da empresa e que tenham as soft skills esperadas para esses cargos”, afirma Elizabeth Pires Gomes, gerente de RH da startup.

O que ela chama de soft skills são habilidades e competências socioemocionais associadas ao relacionamento no ambiente profissional.

Essas habilidades variam de acordo com a função a ser desempenhada, mas podem incluir criatividade, comunicação, colaboração, resiliência, resolução de problemas e mentalidade orientada a dados.

“Habilidades ou domínio técnico, a depender do nível profissional, podem ser ensinados e aperfeiçoados ao longo do tempo. Mas, postura adequada, comportamento e a forma de lidar com as demandas é algo muito mais complexo. Quando não há identificação mútua, dificilmente essa pessoa trará reais benefícios para a empresa e vice-versa”, complementa. 

Especialista no recrutamento de profissionais de tecnologia, setor onde a flexibilidade é quase regra, o CEO e fundador da GeekHunter, Tomás Ferrari, recomenda alinhar as competências técnicas dos candidatos às soft skills adequadas aos processos seletivos abertos:

“As tecnologias disponíveis no mercado mudam o tempo todo e os profissionais precisam se adaptar rapidamente a estas mudanças. Por isso, durante o recrutamento, além de validar tecnicamente o candidato, as empresas também devem analisar as habilidades interpessoais, principalmente a capacidade de resolver problemas e se adaptar a mudanças. O profissional que tem altíssima adaptabilidade vai desaprender e aprender muito rápido as novas tecnologias recorrentes na empresa”.

ECONOMIA DIGITAL IMPACTA TODAS AS PROFISSÕES

A velocidade das habilidades técnicas e comportamentais exigidas pelas empresas muda tão rápido quanto o impacto das tecnologias.

“O relatório The Future of Jobs 2020, do Fórum Econômico Mundial, sinaliza que 50% das habilidades profissionais devem mudar nos próximos cinco anos. Os quesitos que integram o perfil profissional não são mais somente técnicos. Há alguns anos, programar era o ‘novo inglês’, todo profissional deveria saber, não importava o cargo. Agora, soft skills, como inteligência emocional e inovação, também parecem premissa básica de qualquer profissão”, afirma Leandro Herrera, CEO e fundador Tera, plataforma de educação online para carreiras digitais.

De acordo com a pesquisa Digital Skills, apesar dos cargos digitais serem mais relacionados a negócios nativos digitais, as empresas que mais contratam profissionais dessas áreas são grandes empresas tradicionais (23%), seguidas por startups (20%) e grandes empresas digitais (13%). 

“Há alguns anos, para muitas empresas, um futuro digital parecia uma miragem. De miragem, em um piscar de olhos, a digitalização rapidamente se tornou uma ameaça. O tempo correu mais rápido que o previsto, o mundo mudou mais radicalmente do que nunca, e aquilo que era uma oportunidade se tornou uma necessidade latente. Hoje, investir em digitalização é essencial para qualquer empresa se manter competitiva e viva no mercado. A tendência é a mesma de antes, o que aumentou foi a urgência e o tamanho”, conclui Leandro.

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