Conceito relativamente novo, a Web 3.0 tem impactos que vão além do desenvolvimento de produtos para o universo digital.
No contexto do consumo online, essa nova fase da internet é marcada pela descentralização (com bancos virtuais e novas formas de pagamento, por exemplo), maior privacidade de dados e experiências de compra através da virtualização.
Assim, quem quer apostar em um e-commerce que engaje e atraia os consumidores, a Web 3.0 pode ser traduzida na aposta em experiências mais realistas.
Leonardo Gevaerd, coordenador de inovação da Híbrido, consultoria especializada em soluções para desenvolvimento e posicionamento de e-commerces, diz que esse movimento está muito além do metaverso:
“É importante entender que para a web 3.0 ser realmente acessível à maioria do varejo virtual, ela precisa ser mais precisa em alguns aspectos, especialmente no custo-benefício. Por isso, hoje o metaverso, por exemplo, está muito distante de boa parte das empresas, mas há muitos outros fatores da web 3.0 para engajar o consumidor”.
A realidade aumentada, de acordo com o executivo, é um dos pontos que mais se destaca quando o assunto é Web 3.0:
“A experiência de, por exemplo, ver como determinado objeto vai ficar na sua casa antes de comprar, ou aplicar virtualmente a tinta na parede antes de efetuar a compra são fatores que tornam a experiência de compra no e-commerce mais assertiva e resolutiva”.
Além de um consumidor mais engajado e satisfeito, questões como devolução do item e desistência da compra devem ser reduzidas com esse tipo de aplicação.
O estudo Consumer Augmented Reality, da Delloite, reafirma o que o profissional aponta: a expectativa é de que investimentos em soluções de realidade aumentada em todo o mundo devem ir de US$ 12 bilhões no ano passado para US$ 72,8 bilhões em 2024.
Para além do status, é preciso converter vendas para alavancar a Web 3.0
Enquanto alguns fatores da Web 3.0 são vistos como investimentos fora da realidade, como o próprio metaverso, aplicações que façam mais sentido para o negócio no curto prazo já devem ser consideradas.
“Já temos muitas empresas pensando em novas formas de pagamento. Além disso, as NFTs estão se popularizando. Ainda assim, são realidades que nem sempre casam com o momento do e-commerce de uma média empresa”, destaca.
Para o curto prazo, projetos da própria Híbrido para e-commerce de diferentes segmentos no país já mostram que é possível criar experiências hiper-realistas para os clientes.
Além da realidade aumentada, aplicações em 3D passam a ganhar espaço, garantindo a experiência sensorial para uma compra dentro da expectativa do consumidor, que tende a retornar à loja virtual em novos momentos de consumo.