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Especialista explica como empresas podem cobrar devedores da forma correta

Foto: divulgação.

A pandemia causada pelo coronavírus afetou todos os negócios em cheio. Com os lockdowns, donos de pequenas empresas foram os que mais sofreram com a falta de clientes. Contudo, aqueles que levaram calote sofreram duas vezes. Primeiro com os fechamentos. Segundo, com a falta de pagamentos por serviços que foram prestados.

O problema não para por aí. Ao não receber por algo que foi entregue, o empresário sofre para pagar as despesas do estabelecimento, entre eles, os salários dos colaboradores.  

De acordo com dados da Serasa Experian, o número de micro e pequenas empresas com dívidas em atraso aumentou 1% na comparação com março de 2021. Ao todo, são mais de 5,5 milhões de negócios inadimplentes no Brasil. 

Por outro lado, uma pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) em conjunto com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) revelou que 4 em cada 10 brasileiros têm algum tipo de débito em atraso. Isto representa cerca de 40% da população adulta. 

Para Caio Katayama, sócio fundador da Ótris Soluções Financeiras, rede de franquias especializada em recuperação de crédito de forma humanizada, o dono de uma empresa que tem um dinheiro a receber precisa primeiro identificar o perfil de quem não pagou. 

“O cliente é aquele que sempre pagou em dia, mas por algum problema financeiro deixou de honrar com aquele compromisso. Os outros três perfis não são e é preciso ter cuidado para não quebrar o seu negócio”, comenta. 

Segundo o especialista em finanças existem quatro perfis de consumidores. O primeiro deles é o que de fato é seu cliente, que gosta do seu produto ou serviço. 

O segundo é aquele que gasta mais do que tem. De acordo com Caio, para que este pague o valor devido é preciso algum esforço por parte do credor. 

“Em terceiro e quarto, existem o consumidor que simplesmente não quer pagar e aquele que age de má fé. Em alguns casos, ele chega a utilizar documentos falsos para fazer uma compra”, explica. 

Para efetuar a cobrança, o CEO da Ótris sugere que seja feito um movimento interno inicial de acordo com o perfil:

“Faça um contato amigável e ofereça condições para que este cliente possa quitar os débitos em atraso. Se isso não funcionar, pense em buscar ajuda”. 

Neste caso, ele recomenda que o empresário busque uma empresa especializada em recuperação de crédito, sobretudo, em casos mais graves. 

“Lembre-se de que cada consumidor exige um tipo de cuidado. Por isso, veja bem, não é uma empresa de call center que este empresário deve buscar. Essa estrutura não consegue atender um negócio de menor porte com as suas demandas específicas. Além disso, só de encaminhar este débito para uma assessoria qualificada já existe um índice de recuperação natural”, revela.

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