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Facisc avalia cenário desafiador para 2023

Foto: divulgação.

A economia deste ano foi avaliada pela Facisc com olhos otimistas. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

“O Brasil cresceu mais que os países do grupo das sete maiores economias do mundo (G7) e cresceu mais que a China no primeiro semestre de 2022. Ainda que o cenário político devido às eleições tenha sido conturbado, a economia deu sinais da retomada pós pandemia”, explica o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves.

A inflação está em queda, bem como suas previsões. O nível de atividade vem surpreendendo positivamente e as projeções de crescimento para este ano vêm sendo revistas para cima. A previsão está sendo elevada de 1,8% para 2,8%. Outro dado destacado é a queda do gasto público de 26% para 18,7% do PIB e que a taxa de desemprego caiu de 14,9% para 8,9%, com a criação de mais de 17 milhões de novos empregos nos últimos 2 anos.

Resumindo, o Brasil está em pleno emprego, aumento dos investimentos privados, produtividade e PIB crescendo , inflação menor do que Estados Unidos, contas públicas no azul e pobreza em queda.

EXPECTATIVA PARA 2023

Já o ano QUE VEM é visto pela Federação como desafiador. O cenário se desenha com uma grande preocupação com a dívida pública que pode saltar dos 77% do PIB para até 90%.

“Isto é preocupante porque o Governo vai ter que criar linhas de crédito para fazer a economia girar e não estagnar conforme as previsões”, destaca.

Por outro lado ele não acredita em aumento de impostos, mas no aumento do gasto público como se desenha a PEC do Fura Teto e os aumentos com o Bolsa Família.

“A PEC vai dar margem para gastos à vontade”, destaca com preocupação.

Para ele, na esfera federal muitas dúvidas pairam no ar:

“Nosso histórico de Governo PT não traduz aquilo que precisamos: uma economia aberta e menos dependente da política. Temos grandes riscos de não conseguirmos avançar nas inúmeras conquistas que já tivemos em relação a reformas, concessões e privatizações”.

Para a federação, o Brasil tem recursos naturais incalculáveis. O agronegócio brasileiro alimenta o mundo:

“Não podemos correr o risco de perdermos nossas conquistas por falta de segurança jurídica e constitucional. Esperamos não passar por momentos de incertezas econômicas e políticas”, espera. Para Alves, o novo Governo Federal não vai ser um governo de contenção de despesas. “Vai querer mostrar que a vida ficou mais fácil, mais acessível ao consumo. Falsa ilusão porque a conta virá”.

EM SANTA CATARINA

A avaliação da Facisc para Santa Catarina é que o estado que se destaca no cenário nacional pela sua economia pujante, índices invejáveis, e pelo seu povo extremamente empreendedor, culto e trabalhador.

“Mesmo com todas essas características, também temos as nossas deficiências, muitas delas por falta de investimentos federais. De tudo que repassamos ao Governo Federal não recebemos mais que 8% de retorno para investimentos na nossa infraestrutura”, explica.

Segundo a Facisc, as estradas federais são precárias e deixam a desejar no quesito segurança. Estão congestionadas e sem manutenção adequada:

“Temos outras grandes necessidades de infraestrutura, como saneamento básico, carências em saúde e segurança, e tantos outros quesitos”.

Para a Facisc, em relação ao governo estadual, não há dúvida que será uma gestão por resultados, com secretários competentes e preparados para suas funções.

“Tudo indica que o governador Jorginho possa ter resistência no contexto Federal por fazer parte de uma ala oposicionista ao governo PT, mas sua habilidade política saberá contornar essas resistências”, analisa.

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