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Fora do vermelho: 4 cuidados que MPEs devem ter nas finanças

Foto: David/AdobeStock

Com a chegada do final do ano, as listas de resoluções começam a ser produzidas, e colocar as contas em dia está sempre presente entre as metas elencadas pelos brasileiros.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), micro e pequenos empresários tiveram bons resultados nessa área este ano a proporção de micro e pequenas empresas inadimplentes atingiu o menor patamar registrado em toda a série histórica, com 24%.

A pesquisa mostrou também que 37% dos pequenos negócios estão com as dívidas sob controle e 39% não apresentam dívidas.

Agora, crescem as expectativas para saber como será a performance financeira das empresas em 2023. Para a mentora na Chamada de Impacto, Karin Fischdick, a área financeira define o desempenho dos demais setores de uma empresa:

Com 28 anos de experiência na área financeira, ela atua na iniciativa, que possui metodologia do Impact Hub Floripa, e em 2021 e 2022 foi realizada pelo Sebrae MT,  voltada para a capacitação de proprietários de pequenos negócios em todo o território nacional, de qualquer ramo, formalizados ou não. 

A especialista conta que as mentorias realizadas durante a chamada são divididas em três encontros individuais, em que o empreendedor apresenta seu negócio e, com apoio dos mentores, elenca os principais desafios da empresa, delimita um plano de ação e elabora um cronograma para implementação de melhorias.

Nesses encontros, ela identifica as dificuldades dos micro e pequenos empreendedores ao gerir as finanças de seus negócios. Abaixo, cita as principais.

  1. Separação entre pessoa física e pessoa jurídica

A mentora aponta essa como a maior dificuldade entre os micro e pequenos empreendedores com quem conversa ao longo do programa e diz que, apesar de muitas pessoas falarem que não conseguem, é preciso compreender a importância de não fazer essa mistura.

Do ponto de vista da empresa, a correta segregação privilegia o planejamento do capital de giro suficiente para rodar as operações diárias com tranquilidade, como pagamento dos fornecedores, funcionários, impostos e taxas.

Ela ainda ressalta que encarar a empresa como um “caixa eletrônico”,  que utiliza sempre que precisa pagar suas contas pessoais, traz a desconfortável sensação de estar trabalhando de graça e sem descanso. 

  1. Controle de gastos minucioso 

Segundo a mentora, muitos empreendedores chegam com uma noção média em relação aos gastos da empresa, quando o indicado é fazer um controle minucioso.

Ela cita outros exemplos, como a renegociação com fornecedores, desperdícios com energia elétrica, materiais de limpeza e escritório.

  1. Vendas fiadas

Para Karin, ainda que a prática de vender antes e receber o pagamento depois não seja recomendada, em casos como esses, é possível traçar estratégias para fazer isso com segurança. 

De acordo com a mentora, o principal é fazer com que essas vendas não impactem o andamento do negócio, como a compra de insumos e o início da produção.

  1. Gestão do fluxo de caixa

Aqui, a especialista conta que, nas mentorias, sempre indica a criação de uma planilha online, mas que adaptações podem ser feitas caso o empreendedor não se acostume ao modelo.

Ela explica que, a partir desse acompanhamento, também é possível expandir as estratégias de venda.

A mentora finaliza alegando que a principal mudança que os empreendedores devem fazer é melhorar o acompanhamento da área financeira dos negócios.

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