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Criatividade: como fazer diferente onde tudo parece já ter sido feito

Crédito da foto: Jeann F. Mette/divulgação.

Por Mateus Tamborlin, publicitário e gerente de estratégia de comunicação e marca da Seven Comunicação Total.

A criatividade é o principal instrumento de trabalho do publicitário, afiada com conhecimento, atualização, observação da sociedade e com a prática constante de procurar suprir necessidades ainda desconhecidas.

Em essência, é a capacidade de inventar algo novo. Mas, é possível criar algo totalmente diferente em um mundo onde parece que tudo já foi feito? Nem sempre. No entanto, ainda dá para buscar novas fórmulas. 

Gosto do conceito trazido no livro “Roube Como Um Artista”: a criatividade como um remix de ideias. Acredito que, cada vez mais, ela acontece como uma mistura, do saber combinar diferentes conceitos, referências, tecnologia… de um jeito que ainda não se relacionaram. Para isso, por vezes, é preciso deixar de lado os estereótipos e combinar coisas que parecem não fazer sentido num primeiro olhar. 

A criatividade também está muito ligada à emoção e à ousadia de arriscar. A ideia dá medo, insegurança, ânimo, empolgação? Ótimo! É um primeiro passo para saber se tem algo bom e inovador em mente. Agora, precisa pôr em prática com qualidade de execução, o que requer preparo e tempo. 

Nesse sentido, destaco, ainda, que para que uma boa ideia gere resultado é preciso aliar criatividade à ação. Pois sem a segunda, a primeira perde a razão de existir e não revela grandes profissionais. Não basta ter excelentes ideias se não souber executá-las. Por isso, conhecimento, dedicação, comprometimento e uma pitada de coragem para correr riscos, também fazem parte do processo.

Para ser criativo é preciso ter repertório, ou seja, bagagem de conteúdo e conhecimento, ferramentas que abrem nossos horizontes e ampliam a cartela de possibilidades. Diferencial conquistado com vivência, estudo e atualização constante.

Hoje, é tão fácil conseguir informação sobre temas diversos, principalmente através da internet, que nos coloca em contato com conteúdos que outrora nem podíamos imaginar ter acesso tão facilmente. 

E, toda essa tecnologia que chega para ajudar, também traz consigo desafios. Entre eles a fragmentação de possibilidades de execução e a conquista da atenção da audiência.

Agora, a marca não concorre apenas com outra empresa, mas também com o vídeo do gatinho fofo, com o Casimiro, com a Netflix, com Fortnite… Como competir com tudo isso? Bom, com criatividade.

Do ponto de vista da estratégia, quanto mais opções de escolhas disponíveis com a fragmentação, mais clareza e foco uma marca precisa ter para otimizar seus recursos.

São inúmeros os objetivos, meios, veículos, formatos, públicos, influenciadores, canais e páginas, estratégia e análise de dados auxiliam a navegar e priorizar a alocação dos recursos.

Do ponto de vista da criação, é preciso saber falar a linguagem do público e como chegar até ele. As pessoas cansaram da propaganda da interrupção, não à toa as plataformas de conteúdo vendem planos sem anúncio.

Sendo assim, tem que saber entregar uma boa ideia, através de uma boa história. Entrar na cultura e na conversa, sem interromper, fazendo parte do conteúdo e do entretenimento.

Na era do bombardeio de informações, é preciso saber se destacar. As formas de chegar até o público foram ampliadas e sofrem mutações constantemente, mas a criatividade continua sendo o ponto chave. Basta saber como estimulá-la e pô-la em prática.

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