Por Geraldo Campos, CEO da Sapienza, e Luciano Bitencourt, jornalista.
A Sapienza e a SCAngels são agora parceiros e oferecem a empreendedores e startups o acesso a informações relevantes para o desenvolvimento do negócio e possibilidades de investimento, não só financeiro.
De acordo com o hub de inovação Distrito, o mês de fevereiro deste ano teve o mais baixo volume de investimentos em startups no país, desde 2016.
É um evidente sinal de que a qualificação de processos de inovação é tão ou mais importante do que o dinheiro aplicado no negócio.
A Sapienza mantém programas de aceleração com universidades, empresas e instituições governamentais.
Em média, 200 startups são capacitadas por ano em incubadoras, pré-incubadoras, consultas e mentorias. Em sua maioria, os negócios ainda são embrionários e necessitam de acesso a informações que vão da concepção a linhas de investimento.
Já a SCAngels reúne associados que oferecem experiência e capital. Focada em investidores-anjo – pessoas físicas interessadas não só em investir, mas também participar do desenvolvimento do negócio-, a associação sem fins lucrativos localizada na região do Vale do Itajaí tem procurado nutrir o ecossistema com o conceito smart money, para acabar com um certo “romantismo” nesse tema, de acordo com Cacio Packer, um dos fundadores e mentor da instituição.
O smart money é o que se pode chamar de investimento inteligente, uma vez que os recursos financeiros vêm acompanhados de uma visão de negócios e experiência nas tomadas de decisão sobre os rumos do empreendimento. A SCAngels tem um número significativo de mentores e reúne recursos para investimentos futuros.
“Essa parceria [com a Sapienza] soma muito para a gente ter uma visibilidade melhor, ser mais lembrado no estado quando o assunto é consulta, mentoria ou mesmo acesso à capital para empreendedores”, destaca Cacio Packer.
Segundo a Associação Brasileira de Startups, Santa Catarina é o estado do Sul do Brasil em que os investidores-anjo têm menor percentual de aporte de recursos financeiros em startups.
Cerca de 25% do capital investido no ano passado nas empresas de inovação que estão iniciando o negócio vieram de investidores-anjo.
Se levarmos em conta que, no país, quase metade das startups prefere o aporte desse tipo de investidor, há espaço para crescimento.
A Sapienza, enquanto organização, vê na parceria a oportunidade de criar um movimento para a evolução das startups, hoje presentes em um cenário que pede maturidade para cumprir com as promessas de retorno quanto aos investimentos que recebem. A parceria é um caminho promissor para a geração de valor e impacto em processos de inovação.