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O que esperar da inédita Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de SC

Crédito: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

Com a gestão do novo governo, sob a liderança de Jorginho Mello (PL), o estado ganhou a sua primeira Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será comandada por Marcelo Fett (MDB).

O secretário também já atuou na pasta de Desenvolvimento Econômico em São José e Palhoça e foi integrante de conselhos municipais de Inovação, Ciência e Tecnologia na Grande Florianópolis.

Neste Economia SC Drops, ele conta quais são os desafios, metas e como será a atuação da pasta pelos próximos anos. Confira abaixo:

A pasta de Tecnologia e Inovação é inédita no governo do estado. O que motivou essa criação e como o seu nome pode contribuir para um bom desempenho do governo?

Marcelo: A secretaria nasce a partir da visão estratégica do governador Jorginho Mello em relação à importância dos setores de ciência, tecnologia e inovação, que respondem por 6% do PIB de Santa Catarina. São 17 mil empresas que faturam juntas R$20 bilhões e geram uma massa salarial de pelo menos R$ 3 bilhões por ano. O governador entendeu que seria importante dar protagonismo a todo o setor. A partir da criação da pasta, poderemos acelerar a implementação de políticas públicas que impulsionem o desenvolvimento econômico a partir da inovação.  Além disso, por meio dela, também será possível cumprir um dos grandes desejos do governador Jorginho que é melhorar a prestação de serviços públicos à sociedade por meio de ações construídas conjuntamente com outras secretarias estratégicas como a de Saúde, Educação, Segurança Pública, etc.  Em relação à minha contribuição, acredito que  a trajetória e experiência tanto no setor público, como na iniciativa privada, sempre atuando em prol do desenvolvimento econômico pela inovação, pode ser de grande valia. Atuei em três das principais prefeituras do Estado: São José, Palhoça e Itajaí e como executivo de uma das maiores empresas de TI do Brasil. E essa vivência dos “dois lados do balcão” nos dá uma visão tanto do “o que” precisa ser feito, quanto do “como” fazer e “porque” fazer. 

Quais são os principais desafios que SC possui nessas áreas e como planejam melhorar?

Marcelo: Entre os principais desafios que estão nas prioridades de atuação da secretaria estão a falta de profissionais qualificados, não só em Santa Catarina, como no Brasil. As empresas precisam cada vez mais de pessoas com as competências técnicas e socioemocionais para essa nova matriz de desenvolvimento econômico intensiva em conhecimento e inovação. O segundo desafio é o acesso a capital por meio de financiamentos. O terceiro e também muito importante é a questão da infraestrutura. Precisamos melhorar a conectividade nos quatro cantos de Santa Catarina para que todo o estado possa se beneficiar dessa nova economia.

Quais são as prioridades da pasta para este ano? 

Marcelo: A primeira grande prioridade é deixar a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação estruturada e em condições de atender não só às demandas das pessoas e dos empreendedores, mas também ao plano do governador Jorginho Mello e do Governo do Estado para Santa Catarina. E já estamos trabalhando na criação de um grande programa de desenvolvimento econômico centrado na inovação e que deve ser apresentado em breve à sociedade, com ações de curto, médio e longo prazo a partir da visão do governado para o Estado daqui a 30 anos. 

SC se destaca em diversos indicadores de inovação, tecnologia e empreendedorismo. O que torna o estado competitivo e como podemos tornar SC ainda mais referência a nível nacional e internacional?

Marcelo: Santa Catarina está no topo em diversos rankings que medem os setores de tecnologia, inovação e empreendedorismo e isso faz com que tenhamos um desafio ainda maior de melhorar os indicadores atuais. Para isso, usamos como referência não apenas outros Estados do Brasil, mas sim outros países, que elevaram realmente o nível de desenvolvimento a partir da inovação. Pensando nisso, usamos Israel como benchmarking na secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação. Miramos nas ações desenvolvidas lá para aumentar não só os índices de Santa Catarina, mas também adotar algumas das estratégias adotadas lá, tal como colocar o setor produtivo no centro da estratégia de desenvolvimento econômico pela inovação focando os fatores críticos de produção. A interconexão entre o setor produtivo com as startups; grandes empresas, universidades são algumas das coisas que entendo que podem fazer com que o Estado de Santa Catarina dê um novo salto de desenvolvimento, de competitividade.

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