Com recordes históricos, a Tupy, de Joinville, fechou o último ano com resultados expressivos: lucro líquido de R$ 502 milhões, receitas de R$ 10,2 bilhões e EBITDA ajustado de R$ 1,3 bilhão.
Com a integração das operações localizadas em Aveiro e Betim, a base de clientes da empresa aumentou. Hoje, fornece a grandes fabricantes de caminhões, máquinas agrícolas e de construção do Ocidente. Após pouco mais de um ano da aquisição, muitas sinergias foram captadas, ampliando a eficiência operacional e competitividade.
Mesmo ainda sem o efeito da aquisição da MWM, consolidada no final do ano passado, o avanço nos resultados reflete evolução significativa em linha com a construção da Nova Tupy, que marca a maior transformação da empresa ao longo dos seus 85 anos de existência.
A partir de uma nova arquitetura estratégica, com crescimento alinhado às oportunidades de ampliação de geração de valor, por meio dos contratos de manufatura, e à economia de baixo carbono, que terá um papel fundamental na empresa do futuro.
NOVOS CONTRATOS DE MANUFATURA
A aquisição da MWM possibilitou à Tupy ter um posicionamento único no mundo, com a oferta de soluções completas e economicamente eficientes para a indústria de bens de capital.
A combinação de conhecimentos, capacidades e da força da marca permitiu à empresa ampliar o escopo dos contratos de manufatura, contemplando, além da usinagem, montagem de motores para terceiros e serviços de engenharia associados.
Em fato relevante divulgado na última semana, a companhia já anunciou os primeiros contratos que entrarão em vigor em 2024 e que totalizam receitas adicionais de R$ 650 milhões ao ano, quando atingirem a maturidade.
A adição destes novos itens à carteira reflete movimentos de localização da produção, que ocorrem na América do Norte, devido ao USMCA, mas também no Brasil.
Os produtos e serviços contemplados nestes contratos serão produzidos nas plantas da empresa no México e no Brasil. Para isso, nos próximos 3 anos, devem ser investidos cerca de R$ 340 milhões a fim de preparar e expandir as operações para atenderem à crescente demanda por serviços de alto valor agregado. Este valor inclui investimentos em novas tecnologias para acelerar a transformação digital das operações.
ENERGIA E DESCARBONIZAÇÃO
Um outro destaque decorrente da aquisição da MWM é a contribuição que a companhia gerará para as iniciativas voltadas à energia e descarbonização, com destaque para soluções de mobilidade e geração de energia por meio do uso de biocombustíveis.
No transporte rodoviário e urbano, por exemplo, já há projetos em andamento para a transformação da frota de caminhões e ônibus de grandes empresas brasileiras. Já no segmento de energia, a MWM utiliza seu conhecimento em biocombustíveis, motores, grupos geradores e biotecnologia para oferecer soluções completas, que contemplam aproveitamento de resíduos sólidos urbanos e dejetos do agronegócio para a geração de eletricidade e produção de biocombustíveis.
A parceria anunciada recentemente com a cooperativa Primato já é a primeira fase de um projeto nessa linha com alto potencial de escalabilidade. Com investimento inicial de aproximadamente R$ 9 milhões, a iniciativa abrange 13 propriedades, que serão atendidas por uma usina de biogás a ser instalada em Ouro Verde do Oeste, no estado do Paraná. Também está prevista a transformação veicular da atual frota, que substituirá o uso de diesel dos motores para biometano.