Quando Maria Rita Spina Bueno, fundadora da Anjos do Brasil e criadora do MIA (Mulheres Investidoras Anjos), entrou no mercado de venture capital, os debates sobre diversidade dentro do ecossistema de tecnologia e inovação tinham um público pequeno, composto principalmente por mulheres.
Hoje, 30 de março de 2023, segundo dia do South Summit Brazil, o cenário é outro: a plateia estava cheia e composta também por homens.
O caminho que leva outras mulheres ao empreendedorismo e ao capital de risco ainda está em pavimentação e o momento é pelo engajamento pela causa.
Ana Martins, sócia do Atlantico, que investe em startups na América Latina, começou a carreira em investimentos quando estava no segundo ano da graduação. Na carreira, dois foram os desafios: além de mulher, é jovem. Ela encontrou suporte entre os outros cinco empresários que estavam com ela no fundo.
O espaço das mulheres no mercado de tecnologia e inovação, que começou a ser aberto por mulheres como Maria Rita e conta com a presença de jovens como Ana Martins, tem também uma série de outras investidoras. Livia Brando, diretora de venture capital na VOX Capital, explica sobre os fundos que lidera:
Esse movimento de mulheres em negócios dá uma atenção maior também às consumidoras.
Quando ela recebeu em mãos a carteira da Sallve, marca de produtos sustentáveis para cuidados com a pele, os seus sócios enxergavam poucas chances de seguir com a negociação. Mas, como mulher, ela entendeu o potencial da empresa e pediu duas semanas para estudar o investimento.
Com experiência de anos na área de tecnologia e inovação, Maria Rita aponta que, por mais que você consiga se mover nesse ambiente com a maioria de homens, cansa:
Para melhorar esse cenário surgem os fundos de investimento e vagas afirmativas voltadas para investidoras e empreendedoras.