Santa Catarina alcançou 0,419 no Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita no ano passado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pelo Observatório FIESC, o indicador coloca o estado como a unidade federativa com a melhor distribuição de renda do Brasil. Na sequência aparecem Rondônia, Mato Grosso e Goiás.
Estes estados têm crescimento recente associado à expansão da fronteira agrícola, diferente de Santa Catarina, cuja economia é mais diversificada.
“A baixa desigualdade de Santa Catarina é reflexo de uma economia diversificada e com baixos níveis de informalidade, em que a indústria possui um papel muito importante, gerando renda para todas as camadas da população”, afirma Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC.
O indicador varia de 0 a 1 e, quanto mais perto de 1, maior é a desigualdade de uma região. No estado catarinense o indicador de desigualdade caiu de 0,424 em 2021 para 0,419 em 2022.
No Brasil, o índice passou de 0,544 de 2021 para 0,518 neste ano, sendo o menor valor desde o início da série histórica, em 2012.
“Esse resultado se deve, principalmente, ao aumento do volume de recursos transferidos por programas sociais em 2022. Em Santa Catarina, a dependência desses recursos é menor, porém a expansão do emprego formal e a recuperação dos salários reais também garantiram uma expressiva redução na desigualdade de renda”, explica.