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Auditoria interna é instrumento fundamental para a boa reputação dos negócios

Bradlei Ricardo Moretti
Fraude é risco interno amplamente presente. Foto: Daniel Zimmermann

Por Bradlei Ricardo Moretti, consultor e auditor sócio-fundador da Berkan

Riscos que impactam os negócios existem nos mais variados âmbitos, a começar pela própria situação macroeconômica em que eles estão inseridos.

Muitos deles não podem ser evitados, mas apenas reduzidos a partir de boas práticas de governança, auditoria interna, gestão de riscos e controles, entre outros fatores.

Um risco interno, amplamente presente nos negócios, que pode representar uma ameaça significativa à perenidade de uma empresa, sua reputação perante o mercado e credibilidade diante de investidores, diz respeito à fraude.

Mais do que se imagina, essa é uma situação recorrente em empresas de diferentes portes e segmentos.

Pesquisas globais como a da companhia de soluções de gestão de riscos Kroll, apontam que 82% dos executivos reconhecem que seus negócios sofreram com fraude nos últimos anos. O mesmo relatório aponta que, somente no Brasil, 75% das empresas foram impactadas com fraudes nos últimos 3 anos.

Dados de mercado destacam ainda que esse tipo de problema pode resultar no desvio de 2% do faturamento de um negócio. Coloque este número em balanços de grandes empresas e perceba o tamanho do rombo.

De “inconsistências contábeis” a “falhas de controles”, o fato é que nenhum investidor deseja aplicar seus recursos em negócios que não façam ações para mitigar riscos ou que não tenham procedimentos mínimos de gestão de riscos e controles implementados.

Neste contexto, a auditoria interna é um instrumento de extrema relevância, que anda lado a lado com as melhores práticas de compliance e governança corporativa de um empreendimento.

A transparência na gestão é outro fator crucial para as companhias, especialmente aquelas que buscam a atenção do mercado investidor ou pretendem passar por processo de M&A.

Nesses casos, a auditoria é uma ferramenta que valida a reputação do negócio e mostra ao stakeholder sua capacidade de crescimento através de uma estrutura interna eficiente e com controle em todos os aspectos da gestão.

Por fim, é importante ressaltar a necessidade de uma validação contínua das boas práticas e políticas de gestão de riscos, prevenção de fraudes e combate à corrupção.

Não é suficiente apenas fornecer treinamentos e elaborar manuais. A diferença está na verificação constante de que os processos e diretrizes estão sendo efetivamente implementados, o que contribui para que a empresa seja percebida de maneira favorável pelo mercado.

Mais do que reputação, é também a validação de que o capital está preservado, os riscos estão mitigados e a valorização da perenidade da companhia que fazem da auditoria interna um instrumento fundamental na construção e preservação da reputação dos negócios, principalmente no Brasil.

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