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Como essa empresa ajuda a trazer a transformação digital para a construção civil

Foto: Ricardo Godoy

Há mais de 30 anos no mercado, a AltoQi é líder nacional em soluções tecnológicas para construção civil e, recentemente, apresentou ao mercado o seu novo posicionamento de marca. Com isso, a empresa catarinense quer estar à frente na transformação digital que envolve a  engenharia civil, nacionalmente e a nível LATAM, uma das metas para este ano. Para entender como será essa jornada, o Economia SC Drops conversou com o diretor de receita da empresa, José Antônio Gasque Jr. Confira na íntegra:

A AltoQi tem mais de 30 anos de mercado e, recentemente, apresentou o novo posicionamento, por meio do “empreendimento vivo”. Por que essa mudança e o que ela significa? 

José: Nós da AltoQi entendemos que o mercado da construção está passando por uma revolução digital. Finalmente chegou ao Brasil algo que no Japão, por exemplo, já acontece há mais ou menos 30 anos: os empreendimentos são bem pensados e a maioria dos problemas são resolvidos na etapa de projeto, antes de abrir um canteiro. No Brasil, nós abrimos canteiro com projetos por vezes mal compatibilizados ou com problemas técnicos, o que causa uma série de problemas que custam caro, como desperdício de material ou retrabalho. Isso tem um efeito devastador para os empreendimentos, pois gera atrasos e maiores custos. O empreendimento vivo preza trabalhar três pilares digitais que permitem que um empreendimento nasça da forma correta. Para isso, ele precisa ter um projeto com informação, para que seja possível orçar de maneira mais fácil, que esteja digitalizado na nuvem e que permita um trabalho em BIM para que gestores sempre tenham acesso à informação. Se você tem um projeto bem feito com quantitativos que são rastreáveis e estão sempre na nuvem, é possível entender os impactos das alterações no projeto. Empreendimento vivo é permitir que seja feita a construção digital antes de levá-lo ao canteiro.

Como a AltoQi contribui para a transformação digital na construção civil?

José: Quando olhamos para a história da construção civil, vemos que ela cresceu de forma analógica. Quando falamos em alcançar o empreendimento vivo, precisamos sair do analógico e ir para o digital. A AltoQi tem ajudado a promover essa transformação na indústria. Outro aspecto é que, até o ano passado, fizemos um esforço muito grande para evangelizar o mercado sobre a importância do BIM para integrar o projeto ao orçamento. Recentemente, percebemos um aumento nas postagens espontâneas dos nossos clientes mostrando como nossos softwares têm trazido resultados positivos. Isso mostra como, até pouco tempo atrás, esse não era um movimento espontâneo, mas agora é. O nível de maturidade no uso da metodologia BIM está crescendo e é um movimento que não tem mais volta.

Quais os maiores desafios do setor?

José: Digitalização da construção civil, fazer com que o BIM avance do projeto para gestão de  custos, onde os contratantes vão ver de fato o valor do BIM, pois farão empreendimentos mais econômicos, com maior previsibilidade de entrega e dentro do orçado.

Quais os impactos da metodologia BIM no segmento?

José: O BIM é uma metodologia que permite o planejamento e a coordenação de informações relacionadas a todo o ciclo de vida de uma obra. Com ela, é possível acompanhar, desde a sua concepção, gestão, orçamento e manutenção, até o seu descomissionamento, que inclui a demolição e destinação de resíduos, criando um fluxo de trabalho integrado, multidisciplinar e contínuo. Toda informação que um projeto feito em BIM traz, garante a redução de erros na execução do projeto, otimiza os  prazos de obra e aumenta significativamente o controle e confiabilidade sobre o orçamento, entregando economia de recursos públicos e diminuição de aditivos ao  contrato. A metodologia também permite que informações sejam agregadas dentro da etapa de construção virtual. Quando construímos dentro do computador, não perdemos dinheiro, não há acidentes, recursos não são desperdiçados. O profissional pode errar, simular cenários, fazer uma série de estudos. Por isso, a construção virtual é um processo colaborativo, que deve contar com a participação de todos os envolvidos no processo. Outro benefício é a diminuição de problemas como retrabalhos, desperdício de dinheiro e de recursos e atrasos nas entregas. Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que há quase 9 mil obras paradas ou que caminham lentamente no Brasil, sendo que quase metade é da área da educação.

Quais as expectativas para o futuro?

José: Nos últimos anos, os softwares Eberick e Builder ganharam muito destaque por atenderem à etapa de projetos, tendo como principal público-alvo os escritórios de projeto e os projetistas. Agora, estamos focando também na gestão de custos, orçamento e planejamento, para auxiliar no controle do impacto financeiro que cada decisão causa, por meio da plataforma AltoQi Visus. Dessa forma, construtoras, incorporadoras, engenheiros e/ou gestores de custos podem se beneficiar ainda mais com o uso das nossas soluções. 

Quais os próximos passos da empresa?

José: Nossa meta é manter o desenvolvimento contínuo dos nossos produtos em consonância com o mercado e avanço da tecnologia na construção civil. Outro objetivo da AltoQi para o ano é o de ultrapassar o valor de R$100 milhões em faturamento, com a oferta de soluções que compreendem todas as etapas de uma obra. Essa projeção de faturamento é resultado do crescimento consolidado em 2022, quando a receita aumentou 40%, em uma  base de 60 mil clientes.

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