De janeiro a junho deste ano, Santa Catarina atingiu US$ 5,8 bilhões em exportações, segundo análise do Observatório FIESC.
Entre os grupos econômicos mundiais, o estado ampliou as vendas para a Ásia e América Latina. O montante exportado no primeiro semestre é resultado das vendas de produtos alimentícios e agropecuários, produtos intensivos em tecnologia, insumos elaborados da indústria, entre outros.
“A indústria catarinense tem fortalecido sua presença no mercado global e aumentado sua importância como fornecedor de insumos do setor automotivo para a Europa e América Latina. Isso contribuiu para a valorização no preço médio exportado do estado, alcançando no primeiro semestre o valor de US$ 1,4 por quilo. Com isso, Santa Catarina se mantém com o maior preço médio de exportação do país, dentre os maiores produtores nacionais”, ressalta Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC.
Entre os destaques na pauta exportadora, houve expansão de 15,1% da indústria de alimentos e bebidas, que gerou US$ 2,2 bilhões, e aumento de 10,2% do agronegócio, sendo US$ 474,6 milhões, graças às safras positivas de grãos e vendas de carnes suína e de aves.
Entre os destinos, estão os fornecedores da Ásia, como a China, Japão, Singapura e a Índia. Além disso, o estado aumentou os embarques para a América Latina, com destaque para a Argentina, com a venda de soja, o México, com carne suína in natura e miúdos de aves, a Venezuela, na compra de arroz e o Chile, com a carne suína.
Apesar do bom resultado este ano, o estado registrou leve redução de 0,6% em comparação ao primeiro semestre do ano passado, impulsionada pela redução no fornecimento de insumos industriais para o Estados Unidos.
“O país norte-americano passa por um cenário de maior restrição monetária e desaceleração econômica. No entanto, o caráter diversificado da indústria catarinense amenizou essa queda, com o aumento nas exportações para outros países em diversos setores do estado”, explicou Camila Morais, economista do Observatório FIESC.
IMPORTAÇÕES
No primeiro semestre do ano, desde o início da série histórica, iniciada em 1997, é a primeira vez que o estado totaliza US$ 14 bilhões em importações no período.
O recorde foi impulsionado pela indústria automotiva, que importou pneus de borracha e de borracha sintética, e o setor de bens de consumo para as famílias, com bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos, máquinas de lavar roupa, modems e aparelhos telefônicos, entre outros.
As importações também foram aquecidas com as compras de alimentos e bebidas para o consumo da população, como legumes congelados, queijos, chocolates, energéticos e refrigerantes, além dos itens de perfumaria e cosméticos.