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Tempos acelerados, sobrecarga cognitiva, o que fazer?

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Foto: Daniel Zimmermann.

Está mais que provado que vivemos uma era de excesso de informações, que está se acelerando cada vez mais. Nunca se produziram tantos dados. Acontece tudo ao mesmo tempo agora. Milhões de estímulos visuais, auditivos, emocionais, sensoriais.

Micro-doses de dopamina, que dão uma breve sensação de satisfação, mas por pouquíssimo tempo. E as pessoas querem sempre mais. Uma sobrecarga cognitiva que anestesia as percepções nos coloca em uma esteira contínua. Sempre rolando a página. Sempre continuando no scroll infinito, numa espiral descendente.

Nem precisamos dizer que as mídias sociais se beneficiam disso. Quanto mais tempo estamos presos na tela, melhor. E muitas marcas embarcam nesse fluxo constante, em que é preciso estar ligado na última trend, com a última coreografia, o último meme, a última música. Não importa se faz sentido. É preciso manter as pessoas presas na tela.

Mas você já parou pra pensar? Isso é bom pra quem? Ate quando vamos aguentar esse movimento infinito? Será que estamos chegando a algum lugar?

Será que, apesar de toda a onda que leva nesse fluxo incessante, não é hora de parar, repensar, refletir? Hora de termos uma contra-tendência, com mais calma, mais foco, mais propósito? Será que não precisamos re-focalizar, re-priorizar, reorganizar o olhar?

Essas questões valem para as pessoas e para as marcas. Eu acredito que precisamos, pessoalmente, ter uma nova relação com as telas. Não significa abandonar, mas otimizar. Usar com propósito, com metas, com cuidado.

E, para as marcas, significa repensar. Rever as estratégias. Analisar que valores estão sendo realmente oferecidos e entreguas para as pessoas. Que difernça estamos fazndo ao agir dessa maneira.

E, principalmente, considerar que pode existir um outro jeito. Mais humano, mais próximo, no ritmo certo. Levando a mensagem certa para a pessoa certa, do jeito certo. Sem forçar a barra, sem se exceder.

Abrir um novo canal de comunicação, um novo fluxo. Pensado em profundidade. Fundamentalmente com foco nas pessoas. No que elas desejam na essência.

E talvez, não sejam mais memes, nem mais imagens frenéticas. Mas sim, emoção real, autenticidade, histórias verdadeiras. Para gerar conexões humanas. As marcas precisam agir assim. Usar a tecnologia para gerar valor humano. Mais humanidade nas marcas, nas atitudes, nas relações, e nas pessoas.

E você, o que acha disso? Está satisfeito com o ritmo das coisas no mundo digital? Que tal continuarmos essa discussão?

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Estrategista de marcas, especialista em inovação de marketing, fundador da Nexia Branding e sócio-fundador do Fluxo.

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