Santa Catarina registrou em julho o melhor desempenho econômico do ano. A arrecadação do estado totalizou R$ 3,8 bilhões no período, o que representa crescimento nominal de 10% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já o aumento real foi de 6,7%, descontando a inflação acumulada de 3,16% (IPCA) no período.
O resultado mantém a receita estadual numa curva crescente pelo quinto mês consecutivo, após percentuais negativos entre janeiro e fevereiro.
“Tivemos um início de ano muito difícil, mas estamos pavimentando o caminho do crescimento e com muito ainda a avançar. Sem aumentar impostos, organizamos as contas públicas para que Santa Catarina consiga cumprir suas obrigações, mas sem deixar de investir e de promover o desenvolvimento. Continuamos trabalhando para atrair novos investimentos e valorizar aqueles que produzem e geram empregos nas nossas indústrias, no comércio, nos serviços e no campo. Com seriedade e transparência, estamos alinhados com o futuro, gerando oportunidades e impulsionando o progresso em nosso estado”, destaca o governador Jorginho Mello.
Conforme os indicadores monitorados pela Secretaria da Fazenda, o desempenho do último mês de julho está associado aos bons resultados dos setores de supermercados (alta nominal de 25%), metalomecânico (24,3%) e das grandes redes de varejo (22,6%).
A recente implementação do ICMS monofásico para a gasolina, diesel e biodiesel também contribuiu com o aumento da receita em julho (alta de 11% no setor), a nova sistemática instituiu o imposto único e uniforme em todo o país, com o valor fixo por litro em vez da cobrança em percentual.
Já a arrecadação nos setores de energia elétrica e telecomunicações permanece impactada negativamente pela desoneração promovida com a Lei Complementar Federal 194/22. O estado passou a perder cerca de R$ 300 milhões ao mês desde a implementação da legislação, em julho do ano passado.
Na avaliação do secretário Cleverson Siewert, o retorno obtido com as medidas voltadas ao fortalecimento do setor produtivo e à redução da burocracia mantém as perspectivas de crescimento entre 4% e 5% nos próximos meses do ano:
“Tivemos que nos adaptar às dificuldades encontradas no início do governo para transformar desafios em oportunidades. Mesmo diante de um forte contingenciamento orçamentário-financeiro, estamos encaminhando uma série de incentivos ao empreendedor catarinense, para a geração de mais emprego e renda. Essa combinação faz a roda da economia girar e tem efeitos muito positivos na receita do Estado. O cenário macroeconômico ainda é desafiador, mas temos confiança de que Santa Catarina vai continuar no caminho do crescimento”.
Nos primeiros sete meses do ano, o estado arrecadou R$ 26,4 bilhões. Considerando a inflação, houve aumento real de 2,7% no período.
Este percentual, no entanto, ainda mantém as finanças públicas sob alerta. No mesmo período do ano passado, por exemplo, o estado registrou 7% de crescimento real na receita comparada com o mesmo período de 2021. Já entre janeiro e julho de 2021, houve alta real de 18,5% na arrecadação, desta vez na comparação com os primeiros sete meses de 2020.
Se fosse considerado o desempenho da arrecadação com a postergação dos impostos nos primeiros sete meses impactados pela medida, haveria queda de 3,4% na arrecadação tributária do ano. Entre janeiro e julho, a receita com o ICMS somou R$ 20,5 bilhões. O valor representa ganho real de 0,8% na comparação com os sete primeiros meses do ano passado.
ARRECADAÇÃO EM 2023 (crescimento real, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês de 2022)
- Janeiro – 4,4%
- Fevereiro – 4,4%
- Março + 0,6%
- Abril + 1,2%
- Maio + 2,7%
- Junho + 4,98%
- Julho + 6,7%