O Grupo Linear, de Blumenau, tem priorizado as verticais de sustentabilidade, social e de governança com ações práticas e uma política bem definida, como forma de posicionamento no mercado.
Regina Sardanha, diretora-executiva que vem encabeçando as estratégias ESG no grupo, afirma que a empresa entende que esse posicionamento é imprescindível para que possam alcançar o crescimento que almejam.
“Vivemos um momento em que as questões ambientais precisam ganhar mais espaço no meio corporativo, sob pena de consequências sérias a médio e longo prazos. Mais do que nunca, precisamos estar atentos à a saúde mental e abrir mais espaço para temas colaborativos. São demandas que interferem também nos pilares de governança, regidos, entre outros fatores, por transparência e equidade. Está tudo interligado e cada qual merece uma atenção específica”.
ESG em pauta
São pequenas mudanças de comportamento que refletem significativamente no andamento da empresa, não apenas no dia a dia dos colaboradores em ambientes de trabalho mais saudáveis, mas também no tratamento com os stakeholders e no resultado financeiro da corporação. Esses são, em linhas gerais, os pilares do Environmental, Social e Governance (ESG).
Segundo um estudo da IBM Institute for Business Value (IBV), feito em 2022, pelo menos 48% dos ocupantes de altos cargos executivos no Brasil têm a sigla ESG em sua pauta. Apesar disso, um relatório deste ano do Great Place do Work feito em parceria com a Great People indica que, embora esteja ganhando notoriedade, o tema ESG ainda não é encarado de forma estruturada dentro das corporações nacionais. A empresa blumenauense busca ir na contramão desta pesquisa.
Projetos
No balanço do 1º trimestre, houve redução de 23% no consumo de energia elétrica na companhia, em relação ao mesmo período de 2022. O uso de água também mostrou sinais de redução, com 8% de economia.
No pilar social, também foram iniciadas as campanhas de recolhimento de tampinhas de garrafas e lacres de alumínio, com caixas coletoras distribuídas pela corporação, além da campanha de incentivo à separação correta do lixo, com vistas na reciclagem de materiais.
“O incentivo a essas práticas é feito não apenas no horário de expediente. Estamos percebendo uma mudança de comportamento dos colaboradores, que têm levado essas mesmas posturas para dentro das suas casas. É um trabalho de formiguinha, mas que vai trazer resultados muito positivos, para além das questões ambientais”.
Outras campanhas já estão definidas, como a de arrecadação de agasalhos e cobertores, arrecadação de alimentos não perecíveis e a de cuidados para amenizar o efeito estufa.
“Claro que, além das vertentes ambientais, temos um cronograma de demandas sociais que envolvem o colaborador, com preocupações com a saúde, ações preventivas, incentivo ao voluntariado, espaços a livre-manifestação e apoio à diversidade. Paralelo a isso, também vimos desempenhando as etapas da governança, tornando ainda mais transparente e criteriosa nossa relação com fornecedores e desenvolvendo uma gestão de risco estruturada e documentada, por exemplo”.