Chapecó vai receber o road show O Agro e o Mercado de Capitais, realizado nas principais regiões produtoras do país para ampliar o acesso de empresários rurais às informações sobre o mercado de capitais e instrumentos privados de crédito usados no financiamento do setor.
O evento gratuito acontecerá no dia 14 de setembro, a partir das 14h, na Feira MercoAgro 2023, no auditório da Aurora Coop.
Estarão presentes representantes de entidades e do mercado: Renato Buranello (presidente do Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio), Bruno Gomes (superintendente da Comissão de Valores Mobiliários), Christino Áureo (representante do Instituto Pensar Agropecuária e relator do FIAGRO), Flavia Palacios (presidente da Comissão de Securitização da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e Odacir Zonta (consultor legislativo e cooperativista).
“Esta é a iniciativa de maior destaque da CVM junto ao setor agro, levando conhecimento aos produtores sob a ótica do mercado de capitais”, explica Renato Buranello, presidente do IBDA.
A proposta da instituição é de que, em cada localidade, o evento tenha a parceria e o apoio de uma associação local.
“A agricultura tem demandado cada vez mais recursos. Precisamos renovar e ampliar as fontes de financiamento, oferecendo alternativas privadas e fora do modelo anterior já conhecido, que conta com instrumentos e recursos públicos e direcionamento através das instituições participantes do Sistema Nacional de Crédito Rural. Essa iniciativa vai trazer uma concorrência sadia, facilitando a experiência do produtor rural”, avalia.
Ele destaca que os contratos comerciais e as duplicatas geradas nas relações entre os produtores e seus agentes econômicos poderão ser “embalados” e levados ao mercado de capitais, com a distribuição desses papéis junto à população urbana e rural que poderá participar de uma atividade importante, o agronegócio – obtendo remuneração desse capital investido.
“É nítido o interesse dos pequenos e médios produtores rurais em acessar o mercado de capitais para se financiar, assim como dos investidores nas ofertas do setor”, complementa Bruno Gomes, superintendente de Securitização e Agronegócio da CVM.
Ele explica que o volume de ofertas relacionadas à indústria do Fiagro iniciadas em 2022 atingiu R$ 8,1 bilhões, representando aumento de 76% em relação a 2021:
“A CVM tem percebido esse interesse e segue muito atenta e comprometida com a missão de estimular o agronegócio no mercado de capitais. Um dos objetivos da CVM é aumentar a divulgação das opções de financiamento da cadeia do agro e proporcionar mais educação financeira dos empreendedores rurais“.
O ex-deputado Christino Áureo afirma que participar dos eventos sobre o mercado de capitais tem sido uma das atividades mais gratificantes nos últimos meses:
“É muito bom poder contribuir com algo que a gente acredita. Tenho a firme convicção de que chegou o momento da consciência de que o agro brasileiro precisa de novas formas de financiamento, de conceber sua estrutura de capitais, tanto para suportar os investimentos que precisam ser feitos na infraestrutura, antes, dentro e depois da porteira como também, o custeio das atividades. É um momento histórico que possibilita ao Brasil ter uma modelagem de acesso a recursos que o coloque em condições de igualdade com seus competidores mundiais, especialmente os Estados Unidos e a Europa que já se utilizam desses modelos há muitos anos”.
De acordo com Flavia Palacios, coordenadora da Comissão de Securitização da ANBIMA, o agronegócio desempenha um papel fundamental na economia e sua expansão requer acesso a recursos financeiros adequados:
“A disponibilidade de instrumentos financeiros promove o acesso a capital para pequenos e médios produtores rurais, cooperativas agrícolas e demais agentes do setor. Isso impulsiona a modernização das atividades agropecuárias, o aumento da produtividade e a melhoria das condições de vida no campo”.