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Tecnologia para promover a inclusão de pessoas com deficiência

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Egalite
Foto: divulgação

Por Guilherme Braga, CEO e fundador da Egalite.

Muito tem se falado sobre inteligência artificial e o impacto da tecnologia na nossa sociedade. Mas você sabia que muitas inovações utilizadas todos os dias por milhões de pessoas foram criadas para gerar mais acessibilidade?

Seja no seu smartphone ou tablet, você já se acostumou a colocar dois dedos fechados e abrir para dar zoom em uma foto. Essa funcionalidade foi criada para facilitar a visualização de pessoas com baixa visão.

Os assistentes pessoais que tocam música, acendem a luz e nos dizem a previsão do tempo, tiveram seus primeiros protótipos para pessoas que não tivessem a possibilidade de interagir com o equipamento através das suas mãos.

Cada vez mais a tecnologia está presente em nossas vidas e facilita nosso dia a dia. Ao invés de utilizar um mapa para chegar a um determinado local, utilizamos um aplicativo que nos diz a melhor rota e desvia do trânsito.

O que traz facilidade para umas pessoas pode ser transformador para outras. Uma pessoa cega trabalhando em um escritório de contabilidade que utilize relatórios e notas fiscais impressas terá uma grande barreira para conseguir performar.

Contudo, com a digitalização desses dados e um computador com leitor de tela, essa mesma pessoa se torna totalmente apta a executar as suas atividades.

Chamamos de tecnologias assistivas as ferramentas que buscam proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência.

Apesar do grande avanço das tecnologias assistivas, ainda são pouco conhecidas e utilizadas por empresas que buscam contratar profissionais com deficiência.

Pela falta de conhecimento, muitas vezes, as empresas restringem a contratação de pessoas com determinado tipo de deficiência por não compreender como essa pessoa poderá executar as funções.

Já tive a oportunidade de conhecer Jameson Treston, um criador de conteúdo, documentarista e que teve a incrível oportunidade de entrevistar Tim Cook. Seu histórico é de dar inveja a qualquer pessoa que atua na área e ele é uma pessoa cega.

Na década de 90 talvez ele não tivesse o mesmo êxito, mas graças a tecnologia ele pode seguir seu sonho.

Hoje existem ferramentas para você apontar a câmera do seu telefone e descrever em áudio tudo que está na sua tela. A tecnologia está cada vez mais massificada e ampliando a possibilidade para pessoas com deficiência.

Com o intuito de gerar Conexão, Inclusão e Capacitação foi criada a IncluiPcD durante a pandemia em 2020.

Já no seu primeiro ano tornou-se a maior feira de empregabilidade para pessoas com deficiência do mundo, com uma plataforma online totalmente acessível. Nas três primeiras edições já se somam 27 mil vagas em todos os estados do Brasil.

Além de vagas, criamos um espaço para que empresas e profissionais com deficiência possam se conectar. Geramos mais de 70 horas de conteúdo para capacitar empresas e PcD.

Importante ressaltar que o evento é realizado de forma totalmente gratuita. Em comemoração ao dia nacional da luta da pessoa com deficiência, será realizada, entre 20 e 22 de setembro, a 4° edição da IncluiPcD.

Nessa grande evolução da tecnologia precisamos ter em pauta a acessibilidade. Muitas empresas buscam contratar profissionais com deficiência, mas tem barreiras na página de carreiras ou processo seletivo. Perdem a oportunidade de conhecer novos talentos que não conseguem sequer se inscrever para uma vaga.

Por isso, é muito importante ter representatividade e diversidade nesse desenvolvimento. Uma plataforma ou software acessível para pessoas com deficiência significa que é acessível a todas as pessoas.

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