A história da Movestock, que ajuda indústrias que possuem estoques parados, excedentes ou obsoletos, começou há 8 anos, quando o CEO, Rafael Davi Valentini, depois de viajar pelo mundo para operacionalizar a compra e a venda de aço, resolveu apostar no mercado do “desperdício”.
Ao perceber que a indústria focava em ganhar dinheiro, mas não em como reter dinheiro, ele decidiu apostar nas sobras para as quais as empresas não tinham destino.
“Naquela época não se falava muito em economia circular, mas percebi que havia uma geração contínua e gigantesca de desperdício dentro das indústrias. O que acontecia é que as empresas não sabiam o que fazer com o aço que sobrava, por exemplo, e vendiam tudo a qualquer preço para os sucateiros”, conta.
Na época, ele abriu a empresa sucateiro.com, que serviu para que entendesse melhor o mercado e viesse a criar a Movestock, em 2021.
“Consideramos que estamos desde 2014 no mercado porque começamos com o Sucateiro, mas houve uma série de adequações até a Movestock chegar. Já vendíamos 95% em estoques excedentes e obsoletos e apenas 5% de sucata, por isso, optamos por construir uma nova marca, com outro nome”, explica.
De acordo com ele, a construção da marca tem como base a credibilidade:
“Priorizamos a segurança do comprador e do vendedor ao entender que estamos vendendo da melhor forma possível o seu estoque excedente ou obsoleto. Nosso ticket médio é de aproximadamente R$ 17 mil reais. Assim que o cliente adere, pedimos um sinal de 15% desse valor, de modo que precisamos nos basear totalmente na credibilidade”.
Atualmente, com mais de 300 empresas cadastradas para venda de estoques excedentes, possui mais de 13 mil compradores e já conseguiu alguns feitos importantes.
“Em 20 meses, eliminamos o equivalente à área de dois campos de futebol profissional de sucata industrial, evitando que fossem produzidas mais de 750 toneladas em metais. Além disso, recebemos o prêmio de inovação na indústria de gestão de estoques pelo iImpact, iniciativa liderada pela Fundação Dom Cabral e Innovation Latam”, conta.
Segundo ele, a empresa tem o objetivo de melhorar o fluxo de caixa das empresas, aprimorar a gestão de espaço de armazenagem e promover a redução de emissão de CO2 com o reuso de materiais excedentes:
“Assim, é possível alcançar melhores indicadores de ESG e destacar um número maior de empresas em um cenário cada vez mais competitivo. E quando falamos em ESG, é importante dizer que trabalhamos com reuso e não reciclagem, o que elimina mais de 100% do peso do ativo na extração de recursos naturais”.
Ele reforça que a startup oferece a solução mais adequada para auxiliar as empresas e o meio ambiente ao mesmo tempo:
“Uma companhia como a Embraer, por exemplo, é focada em vender aviões, não tendo um time para vender componentes, máquinas e equipamentos que sobram de forma eficiente. Nós fazemos isso e cumprimos todas as regras de ESG”.