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Golden circle da inovação

O conceito de Golden Circle não é novo, sido introduzido por Simon Sinek, em 2009. A ideia central é que organizações e líderes bem-sucedidos pensem, ajam e comuniquem-se de maneira oposta ao que a maioria das pessoas faz, começando pelo “Por quê?” (seu propósito, causa ou crença), depois pelo “Como?” (seus valores ou princípios) e finalmente pelo “O quê?” (os produtos ou serviços que eles oferecem). Esse conceito foi amplamente popularizado pelo livro Comece pelo Porquê, onde ele detalha essa ideia.

Aqui, trago uma abordagem inovadora ao aplicar como base este modelo ao mundo da inovação. Ao invés de ser apenas uma estrutura teórica, transformei o conceito em um processo prático e dinâmico, onde cada princípio possui uma nova visão.

O Golden Circle da Inovação by Fernando Seabra também opera de dentro para fora. Começa com a pergunta fundamental: “Por quê?”. Esta é a fase em que estabelecemos nossos objetivos. Em vez de simplesmente olhar para o que outras organizações estão fazendo, enfatizo a necessidade de alinhar nossos objetivos com nossa própria realidade e aspirações.

A próxima etapa do círculo é “Como?”. Aqui, definimos as iniciativas que serão traçadas de acordo com os objetivos previamente estabelecidos. Estas são as ações concretas que nos ajudarão a avançar em direção aos nossos objetivos e futuras conquistas.

“O quê?” é a terceira pergunta do círculo. Nesta etapa, identificamos as habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas ou aprimoradas para que possamos alcançar nossas conquistas desejadas.
O Golden Circle da Inovação possui uma natureza que se retroalimenta, pois ao mesmo tempo que os objetivos se tornam conquistas, as conquistas se tornam os próprios objetivos.

GOLDEN CIRCLE BY SIMON SINEK

O Golden Circle by Simon Sinek fornece uma lente poderosa através da qual as organizações e os líderes podem refletir sobre suas motivações e comunicações. Ao começar com o “Por quê” e criar a partir daí, as organizações têm a oportunidade de se conectar em um nível mais profundo com seus stakeholders, criar lealdade e se destacar em um mercado saturado. É composto por três fases:

  • Por quê (Why): encontra-se no centro do círculo. Este é o propósito, a causa ou a crença que inspira alguém a fazer o que faz. O “Por quê” não é sobre ganhar dinheiro; isso é um resultado. O “Porquê” é a razão pela qual uma organização existe ou por que uma pessoa escolhe um determinado caminho na vida.
  • Como (How): O segundo anel representa o “Como”. Estas são as práticas, processos ou valores únicos que distinguem uma organização (ou pessoa) de outras. O “Como” é muitas vezes o diferenciador ou a proposta de valor único.
  • O quê (What): O anel externo representa o “O Quê”. Estes são os resultados específicos, os produtos, serviços ou ações que uma organização realiza. É o nível mais tangível do Golden Circle.

O GOLDEN CIRCLE DA INOVAÇÃO by FERNANDO SEABRA

A essência do Golden Circle da Inovação: o Golden Circle da Inovação é um processo que também opera de dentro para fora. Ele se concentra em três perguntas fundamentais:

  • Objetivos (Por quê?) Antes de mais nada, é fundamental estabelecer os nossos objetivos. Em vez de olhar para o que os concorrentes estão fazendo, as organizações devem definir objetivos que ressoem com sua realidade e visão única. Esses podem variar, indo desde melhorar a eficiência e objetividade, preparar líderes para enfrentar novos desafios, ser reconhecido como inovador no mercado, até gerar novas fontes de renda. Nossos objetivos precisam ser traçados de acordo com nossos interesses e necessidades, não necessariamente de acordo com o que mundo externo, ou seja, o que a “concorrência” está fazendo. Claro, isso influencia nossos processos de decisão, mas não os determina.
  • Iniciativas (Como?) Uma vez definidos os objetivos, é hora de traçar iniciativas que estejam alinhadas com essas metas. Esse é o ponto em que estratégias são moldadas, planos são desenvolvidos e recursos são alocados.
  • Conquistas (O que?) Com objetivos claros e iniciativas em andamento, a próxima etapa é identificar e desenvolver as habilidades e competências necessárias para atingir as conquistas desejadas.
    O final desse círculo não é realmente um final. Ao alcançar conquistas, elas próprias se tornam novos objetivos, reiniciando o ciclo. Esse é o coração da inovação contínua, onde cada conquista pavimenta o caminho para novos horizontes a serem explorados.

Objetivos (Por quê?)

Os objetivos são o ponto de partida de qualquer empreendimento. Em uma organização, eles fornecem direção, foco e um senso de propósito. No contexto do Golden Circle da Inovação, os objetivos representam o “Porquê” central: a razão fundamental pela qual uma empresa busca inovar. Para estabelecer objetivos verdadeiramente eficazes, é importante considerar os seguintes aspectos:

  • Relevância: Os objetivos devem estar alinhados com a missão e visão da organização. Eles precisam ressoar com o núcleo da identidade da empresa, garantindo que todos os esforços estejam direcionados para um propósito maior.
  • Mensurabilidade: Cada objetivo deve ser quantificável. Isso permite que a organização avalie o progresso, ajuste estratégias e comemore conquistas ao longo do caminho.
  • Temporalidade: Alocar um período para alcançar um objetivo específico ajuda a manter um senso de urgência e foco.
  • Flexibilidade: Enquanto os objetivos devem ser claros e definidos, é essencial que eles tenham alguma flexibilidade. Em um mundo em rápida mudança, as empresas devem ser ágeis e adaptá-los conforme novas informações ou circunstâncias que emergem.

Iniciativas (Como?)

Iniciativas são ações concretas, projetos ou estratégias que uma organização implementa para atingir objetivos específicos. Elas representam o “Como” do Golden Circle da Inovação e são a tradução prática dos objetivos em ação. Algumas considerações sobre iniciativas incluem:

  • Planejamento Estratégico: As iniciativas devem ser derivadas de um planejamento cuidadoso, considerando os recursos disponíveis, as capacidades da organização e os desafios do mercado. Essa começa com uma compreensão clara do problema que se pretende resolver ou da oportunidade que se quer aproveitar.

É necessário pois:

  • Esclarece prioridades entre as iniciativas a serem tomadas
  • Promove o alinhamento entre os membros da organização
  • Promove (trocar) a processo de inovação contínua
  • Ajuda uma empresa a alcançar o sucesso a longo prazo
  • Ação Colaborativa: Iniciativas bem-sucedidas muitas vezes envolvem equipes multidisciplinares, reunindo expertise de diferentes áreas. A colaboração permite uma abordagem holística e inovadora dos desafios.
  • Iteratividade: Em um ambiente em rápida mudança, as iniciativas devem ser vistas como processos iterativos. Isso significa lançá-las em uma escala menor, coletar feedback, fazer ajustes e, em seguida, expandir ou refinar conforme necessário.
  • Acompanhamento e Avaliação: Uma vez que uma iniciativa é posta em prática, é crucial monitorar seu progresso e avaliar seu impacto. Isso ajuda a identificar áreas de melhoria e a garantir que os esforços estejam alinhados com os objetivos desejados.

Conquistas (O que?)

As conquistas são os resultados bem-sucedidos das iniciativas, “o quê” ocorre como consequência das iniciativas concluídas com sucesso. Elas representam os marcos no caminho para alcançar os objetivos de uma organização. As conquistas podem ser grandes ou pequenas, mas todas merecem reconhecimento por diversas razões:

  • Motivação: Celebrar conquistas aumenta a moral e a motivação da equipe. Quando as pessoas veem que seu trabalho duro está produzindo resultados tangíveis, elas se sentem mais engajadas e entusiasmadas.
  • Benchmarking: As conquistas servem como pontos de referência para avaliar o desempenho da organização. Eles fornecem insights valiosos sobre o que está funcionando e onde há espaço para melhoria.
  • Histórico de Sucesso: Manter um registro das conquistas ao longo do tempo cria um legado de sucesso. Isso não apenas constrói a confiança internamente, mas também aumenta a credibilidade da organização aos olhos dos stakeholders.
  • Aprendizado: Nem toda conquista vem sem desafios. Analisar o caminho que levou a uma conquista pode fornecer aprendizados valiosos para futuras iniciativas e projetos.

Atingindo objetivos, iniciativas e conquistas

Estabelecer objetivos claros e cultivar uma cultura de inovação são duas facetas interdependentes do sucesso organizacional no mundo moderno.

Enquanto os objetivos dão direção, a cultura de inovação fornece o combustível e a liberdade para explorar novos horizontes. Juntos, eles criam um ecossistema onde a inovação não é apenas possível, mas inevitável”.

Enquanto iniciativas representam a jornada de transformar visão e objetivos em realidade, as conquistas são a validação dessa jornada. Em um ciclo contínuo de inovação, as organizações devem constantemente implementar novos objetivos com base nos aprendizados de suas iniciativas e conquistas anteriores, garantindo assim um caminho de progresso e evolução contínuos.

Pilares do Processo de retroalimentação

Para que esse ciclo de inovação funcione eficazmente, três pilares são cruciais:

  • Estratégia: A inovação requer uma abordagem estratégica. É essencial pensar a curto, médio e longo prazo, esclarecendo prioridades e definindo objetivos concretos. Além disso, as organizações devem inovar constantemente para garantir vendas recorrentes e manter uma vantagem competitiva. Ferramentas como as “5 forças de Porter” podem ajudar as empresas a desenvolver um pensamento estratégico mais aguçado.
  • Alinhamento: A inovação só é possível quando há um alinhamento completo dentro da organização. Desde comunicar a visão e os objetivos até incentivar a colaboração interdepartamental, é essencial que todos trabalhem em direção a um propósito comum.
  • Conquistas: A inovação bem-sucedida leva a várias conquistas, desde melhorias na competitividade e crescimento de receitas até a atração e retenção de talentos. Essas conquistas, por sua vez, reforçam a importância de manter uma cultura de inovação.

Teoria de Drucker e o Golden Circle da Inovação by Fernando Seabra

Peter Drucker, meu professor durante meu MBA na Drucker School of Management e frequentemente chamado de pai da administração moderna, desenvolveu ao longo de sua carreira diversos conceitos e teorias que revolucionaram o mundo dos negócios. Um dos pilares centrais de sua teoria é a inovação como uma atividade sistemática e organizada.

Segundo Drucker, a inovação não emerge simplesmente de um lampejo de genialidade, mas pode ser ensinada, aprendida e, principalmente, incorporada à cultura e estratégia de uma organização. Para ele, em um mundo empresarial em constante evolução, inovar é mais do que um diferencial, é uma necessidade para garantir a relevância e a sobrevivência de uma empresa.

Enquanto Drucker nos fornece uma visão sobre a essencialidade e a natureza sistemática da inovação, o Golden Circle da Inovação by Fernando Seabra oferece uma estrutura prática para orientar esse processo inovador. Juntos, esses conceitos fornecem um roadmap robusto para empresas que desejam inovar de maneira significativa, sustentável e alinhada com seu propósito central.

A Evolução do Golden Circle: do conceito de Sinek à Inovação Contínua

Diferentemente do conceito Golden Circle by Simon Sinek, onde as perguntas funcionam de dentro para fora, o Golden Circle da Inovação reside em sua natureza retroalimentada. Ao entender que as conquistas são, por sua vez, novos objetivos, ele destaca que o processo de inovação é contínuo.

Em um ambiente caracterizado por tecnologias exponenciais e mudanças constantes, onde um novo player pode facilmente desbancar uma empresa estabelecida e de alta faturação, esta abordagem é mais relevante do que nunca. O processo de inovação torna-se, assim, uma jornada constante de autodescoberta e crescimento.

A abordagem adaptativa do Golden Circle da Inovação não é apenas relevante, mas vital para garantir a sustentabilidade e crescimento contínuo das empresas em um mercado tão volátil e competitivo”.

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Idealizador do Clube BoraFazer, CEO da Seabra Academy, investidor-anjo, board advisor Pool I.A. da Bossa Invest, mentor do Planeta Startup, advisor no Batalha das Startups, avaliador Shark Tank Brasil, Meet the Drapers Brasil e Startup World Cup, sendo o brasileiro que mais participou como mentor e avaliador de reality shows de startups na TV mundial.

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