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Foto: Daniel Zimmermann

IA X fator humano: para onde estamos caminhando?

Irene da Silva

Irene da Silva

CEO da Ellevo

Recentemente, uma pesquisa da KPGM com mais de mil lideranças ao redor do mundo apontou que, para 72% delas, investimentos em inteligência artificial são prioritários.

Esse movimento, especialmente em períodos de conclusão de planejamento orçamentário, pode dar o tom a muitas decisões nas empresas, na expectativa de estar por dentro das tendências e da evolução do mercado.

Não discordo deste objetivo: como liderança de uma empresa de tecnologia, vejo que a IA veio para mudar muitas iniciativas, agilizar processos e transformar a forma como atuamos. E, ao mesmo tempo, acredito que ela pode escancarar outros problemas que, muitas vezes, os profissionais tentam esconder “embaixo do tapete”.

Para mim, que estou à frente de times que precisam de hard skills bem desenvolvidas, como o conhecimento técnico em TI, é muito claro que um olhar voltado apenas para esse fator não é assertivo. Tecnologia e conhecimento técnico sempre serão fundamentais, mas nunca serão uma finalidade por si só – a IA, assim como outras tecnologias, é meio e não fim.

Inteligência artificial, sistemas cada vez mais complexos e eficientes são importantes e cruciais para o crescimento do negócio, desde que, por trás dessas inovações, haja pessoas preparadas para crescer e evoluir com o mercado.

É aí que entram as soft skills, as características que nos definem como humanos em nossa essência e que nos tornam realmente insubstituíveis na comparação com a máquina. A sua criatividade, capacidade de resolução de problemas, resiliência, vontade constante de aprender são coisas que não podem deixar de existir. Sem essas características, nenhuma inteligência artificial é usada para impulsionar um negócio. Afinal, é o comando nos bastidores da máquina que faz a roda girar.

E desenvolver as soft skills exige de nós um comprometimento constante. Desde antes da pandemia, por exemplo, nosso time vem atuando em home office. Manter o engajamento é muito mais desafiador e criar networking e relacionamentos duradouros também. É possível? Sem dúvidas, desde que estejamos dispostos a sair da nossa zona de conforto.

Com 2023 chegando ao fim e as tradicionais listas de desejos do próximo ano ganhando forma, eu sugiro a você que busca crescer na carreira, dar uma atenção especial às suas soft skills. O que você tem feito para desenvolvê-las? Está pronto para ser aquele profissional que cria soluções e não problemas? É esse o tipo de perfil que as empresas buscam e que será essencial para que os investimentos em IA sejam assertivos.

Portanto, use a tecnologia, ela é crucial. Mas não se apoie nela pensando que será o suficiente para o seu crescimento. Faça por você, seja um diferencial pelas suas próprias características.

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