Após trabalhar 20 anos projetando pequenas embarcações na marinha do Estados Unidos, considerada uma das mais importantes do mundo, Donald Lee Blount fundou, em 1988, a sua própria empresa e revolucionou o mercado náutico mundial ao projetar embarcações capazes de navegar em alta velocidade com segurança.
Alguns modelos fabricados no Brasil possuem essa tecnologia construtiva, como é o caso dos barcos da Fishing Raptor, de São José, presente há mais de 25 anos no mercado e que tem em seu portfólio diversas lanchas com cascos projetados pelo renomado engenheiro norte-americano.
“O desenvolvimento da indústria náutica brasileira é reflexo dos investimentos feitos pelos estaleiros, como a Fishing Raptor, que buscam evoluir constantemente. Hoje, nossa empresa produz 15 modelos, com tamanhos que variam de 26 a 50 pés, e todos os cascos da Fishing vieram dos Estados Unidos, grande parte com seus projetos desenvolvidos por Donald Blount. Para manter viva a história deste grande projetista que olhou pela marca com tanta admiração, estamos em constante evolução e queremos manter o DNA e, para isso, essa tecnologia também será implantada na nossa nova embarcação de 50 pés“, comenta o engenheiro mecânico e CEO da Fishing Raptor, Fernando Assinato.
A embarcação é produzida em fibra de vidro, principal material para a concepção destes modelos de barcos, bem como de lanchas e iates de luxo. Além da fibra de vidro, o projetista, que faleceu em 2022, aos 87 anos, fazia serviços de consultoria aos projetos e gerenciamentos de construção de grande variedade de barcos, como a motor e também de alumínio. Atualmente, o legado é mantido na empresa que ele fundou, a DLBA Naval Architecture, que já soma mais de 1.200 projetos concluídos em todo o mundo. Além do conhecimento de Blount, o estaleiro brasileiro desenvolveu uma tecnologia própria que torna o casco insubmergível.
“Todos os barcos da Fishing resistem a fortes impactos e essa tecnologia traz ainda mais segurança durante a navegação, pois impede que a embarcação afunde mesmo se partir ao meio. Somos os únicos no Brasil com este diferencial“, complementa.