Por Andréia Rengel, administradora e CEO da AMcom.
Conquistar a certificação e entrar para o ranking das melhores empresas do país se tornou um importante indicador de desempenho em todo o mundo. Especialmente, nos setores em que há uma acirrada disputa por talentos, como é o caso da tecnologia. Dados da Brasscom mostram que o Brasil vai precisar de 540 mil profissionais de TI até 2025. Portanto, ser uma GPTW é o primeiro passo para atrair um público escasso e fundamental na mesma proporção, diante da demanda de digitalização dos negócios potencializada nesse período pós-pandemia.
A questão, no entanto, é fazer com que a GPTW seja mais do que um selo. Essa conquista precisa, realmente, ser um reflexo da cultura da empresa. São notáveis os ganhos que ela traz para visibilidade, autoridade e fortalecimento da marca empregadora, transformando o local num ambiente desejado. Mas ele precisa, de fato, ter a cultura da confiança, da inovação e do alto desempenho como algo intrínseco no dia a dia para que a organização alcance os resultados esperados por meio de um crescimento orgânico e saudável.
Estar em um ranking nacional é uma chancela para empresas de diversos portes e segmentos se mostrarem comprometidas a promover um ambiente respeitoso, acolhedor e colaborativo. Contudo, a permanência nesse ranking consecutivamente, aliado à conquista de rankings segmentados e até mais locais, reforçam esse posicionamento de priorização das pessoas e alinhamento real aos valores da organização, entendendo que sem isso não há uma base sólida para construir jornadas de transformação e inovação.
Um grande diferencial a se explorar nesse sentido, é alinhar os seus pontos fortes para responder a demandas do mercado. Por exemplo, a qualidade de vida é hoje uma prioridade para as pessoas. Um estudo da Randstad aponta que 81% dos brasileiros estão determinados a achar um trabalho que proporcione mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Ou seja, empresas que permitem e impulsionam essa conexão entre o desenvolvimento de suas carreiras e a oportunidades de ter mais tempo para dedicar a si mesmo, seus familiares, amigos, atividade física, lazer, descanso, entre tantas outras opções potencializam mentes saudáveis e produtivas.
Aqui, fica ainda mais evidente que para apoiar grandes empresas que querem transformar negócios, é preciso, antes de tudo, impulsionar pessoas, para que elas tracem as melhores estratégias e encontrem o melhor caminho para fazer a diferença. Uma organização pronta para apoiar outras deve, sim, dar relevância às boas práticas do mercado, fazer entregas com qualidade, ser focada em inovação e evolução contínua. Porém, mais que isso, precisa ter uma visão centrada no cliente, pois as melhores soluções são aquelas pensadas por e para as pessoas.
Portanto, discurso e prática devem estar alinhados em empresas que querem ver o espírito GPTW enraizado em sua cultura, a ponto de conquistar uma atuação que vai além da inovação diariamente. Uma jornada dessa se trilha com conhecimento e habilidade técnica, mas são times engajados que fazem, dessas empresas, as melhores para se trabalhar e as mais estratégicas para se ter como parceiros. Afinal, as pessoas é que são responsáveis por expandir a capacidade de fazer mais e melhor em todos os sentidos, técnico, criativo e humano.