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Qual a importância da inovação que valoriza a vida para as empresas?

Foto: Dan Pellicciari/divulgação.

Por Alline Goulart, sócia diretora da  Semente Negócios.

Segundo pesquisas da International Data Corporation (IDC) até o ano de 2024, as cinco principais empresas líderes de mercado serão aquelas que usaram tecnologia para inovar e sair de uma crise

O conceito de inovação que valoriza a vida é uma abordagem em exploração e teste de aplicação, mas que  tem no  próprio conceito de inovação a raiz da problemática. Para começar a explorar o que isso significa no dia a dia das empresas, traremos diferentes perspectivas e conceitos como prosperidade, liberdade, ecossistemas sustentáveis, organizações regenerativas, justiça social e climática, e o próprio conceito de inovação que dão base para o assunto.

Começando, claro, pelo conceito de inovação desenvolvido pela Semente: Resolver problemas reais com soluções de mercado em ambientes com altos níveis de incerteza.

Base conceitual

A inovação que valoriza a vida é um conceito que abrange diversas abordagens e perspectivas de pensadores e autores notáveis. Nesse contexto, é essencial considerar as abordagens de Jan Konietzko, Ankita Das, Nancy Bocken, Clayton Christensen, Vandana Shiva e Ailton Krenak para entender como esse conceito se materializa. Vamos a eles:

Prosperidade: Clayton Christensen, o precursor da inovação disruptiva e da necessidade das empresas inovarem não apenas em produtos e serviços, mas também em modelos de negócios, adaptando-se a um mundo em constante mudança, explora o conceito de prosperidade em seu livro “Como avaliar sua vida”. Para ele, prosperidade é o processo pelo qual cada vez mais pessoas em uma região melhoram seu bem-estar econômico, social e político. 

Liberdade: Esse é um conceito pouco entendido e essencial para a relação entre inovação que valoriza a vida e a abordagem de solucionar os problemas sistêmicos do mundo de hoje. Amartya Sen em seu livro “Desenvolvimento como Liberdade” argumenta que a liberdade não deve ser entendida apenas como ausência de coerção ou restrições, mas como a capacidade das pessoas de fazer escolhas significativas e viver vidas que valorizam. Essa abordagem, conhecida como “liberdade positiva”, ressalta a importância de ampliar as oportunidades e as capacidades das pessoas para que possam buscar uma vida que considerem valiosa.

Negócios regenerativos: Jan Konietzko, Ankita Das e Nancy Bocken, por meio de seus estudos, nos convidam a repensar a forma como conduzimos nossas atividades empresariais. Eles destacam a importância de criar negócios que não apenas prosperem economicamente, mas também regenerem os recursos naturais e sociais que utilizam, contribuindo assim para a sustentabilidade do planeta e o bem-estar das comunidades.

Justiça social e climática: Vandana Shiva argumenta que a degradação do meio ambiente e as mudanças climáticas frequentemente impactam mais as comunidades mais pobres e marginalizadas. Em seu livro “Earth Democracy”, ela destaca a importância de valorizar a vida em todas as suas formas e de preservar a biodiversidade do planeta como parte fundamental da democracia.

O que é, então, inovação que valoriza a vida? 

Diante dessas perspectivas, o conceito de inovação que valoriza a vida, concentra-se em resolver problemas reais, com essa visão ampliada de adversidades e com soluções de mercado em ambientes com alto nível de incerteza, 

Portanto, a inovação que valoriza a vida, inspirada nas ideias desses autores e pensadores, representa um compromisso com a criação de negócios sustentáveis, que não apenas prosperem economicamente, mas também contribuam para um mundo mais equitativo e saudável, respeitando e preservando a vida em todas as suas manifestações.

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