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Gestão pública 4.0: como a tecnologia pode impactar as demandas dos cidadãos

Foto: divulgação.

Por Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures e Aryana Valcanaia, CEO da Gerencit.

A necessidade de reportar ocorrências à gestão municipal existe em todas as cidades do Brasil. Contudo, sem fazer uso de tecnologias modernas, as demandas chegam descentralizadas por diferentes canais e podem ser direcionadas tardiamente aos setores responsáveis, gerando um grande problema aos gestores.

Nesse cenário, a transformação digital está reconfigurando profundamente a maneira de atender às necessidades da população. Essas mudanças não apenas melhoram a eficiência das instituições, como também fortalecem a participação cidadã e a prestação de serviços mais ágeis.

Sistema informatizado – Decreto nº 9.492/2018

O desafio reside em como extrair informações que permitem nortear planos de ação para melhor utilização do recurso público. O Decreto nº 9.492/2018 regulamentou a Lei Federal nº 13.460/2017 e instituiu o Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo. Essa norma obriga todos os órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional a utilizar um sistema informatizado e padronizado.

Pensando em auxiliar a regulamentação das ouvidorias, as GovTechs criaram aplicativos multiplataformas, que são canais de comunicação entre o governo e o cidadão. Uma pessoa pode reportar demandas de qualquer tipo, com informações diversas, inserindo título, categoria e até mesmo enviando fotos. Além disso, a partir do registro, é possível acompanhar o feedback e todo o andamento da ação. A aplicação é de fácil navegabilidade e pode ser baixada pelas lojas de apps dos celulares.

O poder dos aplicativos

Essas ferramentas garantem o registro da demanda e o repasse automático para quem resolve, eliminando qualquer tipo de ruído. Os dados obtidos são valiosos e promovem mais apoio à tomada de decisão dos gestores. Um exemplo disso é um mapa de calor, que pode ser gerado a partir das informações dos cidadãos. Assim, é possível identificar os pontos críticos da cidade por categoria, principais demandas por bairro ou rua, entre outros insights.

Ao analisar essas informações, os governos podem priorizar as demandas com mais eficiência, alocar recursos de maneira otimizada, responder rapidamente a problemas emergentes e garantir uma utilização mais eficaz do dinheiro público. A abordagem baseada em dados aumenta a transparência, fortalece o engajamento cívico e permite previsões futuras, resultando em uma gestão pública mais competente e alinhada às necessidades dos cidadãos.

O caminho para um mundo de cidades inteligentes já começou, é positivo e, felizmente, sem volta.

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