Por Thomas Knoch, CEO do Grupo Solar Vale.
O setor fotovoltaico encerra mais um ano com resultados a serem comemorados. Mesmo não superando 2022, que foi sem dúvida o melhor período para a energia solar em termos de quebra de recordes, em 2023 foi possível demonstrar que o crescimento do segmento é constante e o seu protagonismo cada vez mais concreto. Na segunda posição na matriz elétrica brasileira, onde desempenha papel central para a diversificação das fontes, a solar demonstra que o futuro da geração de energia caminha em direção ao sol.
Em janeiro, a fonte acumulava cerca de 24 gigawatts (GW) de potência operacional instalada, somando as grandes usinas de geração centralizada e a geração própria de energia por pequenos produtores. Agora, dados mais recentes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), mostram que apenas os sistemas espalhados pelos telhados e pequenos terrenos, ou seja a geração distribuída, equivale a esse montante (24,8 GW). No total, a fotovoltaica encerrou novembro de 2023 com 36 GW, um crescimento de 50% no ano – que ainda nem acabou.
Falando em matriz elétrica brasileira, a energia solar corresponde atualmente a mais de 16% dela, atrás apenas da fonte hídrica. Mas, 2023 também teve quebra de recordes protagonizada pela energia solar, mas desta vez pela geração centralizada, que registrou seu maior incremento na matriz da história do país.
Para 2024, assim como para os próximos anos, a expectativa do setor é de ainda mais crescimento, mesmo que ainda não no ritmo que gostaríamos. A abertura do Mercado Livre de Energia, programada para janeiro, é um dos fatores que deixa otimista não apenas o setor fotovoltaico, mas as demais fontes de energia limpas e renováveis, que vão poder abraçar um público ainda maior.
Na busca por fontes alternativas, a energia solar se destaca no mundo todo, tendo se tornado a segunda mais utilizada, desde o ano passado. Um dos maiores benefícios dessa tecnologia é a sua disponibilidade. Enquanto os combustíveis fósseis estão sujeitos a esgotamento e flutuações de preço, a luz solar é uma fonte de energia inesgotável, abundante e gratuita.
Além disso, com avanços tecnológicos contínuos, os sistemas de captação solar estão se tornando mais eficientes e acessíveis, tornando a energia solar uma opção viável para diversas aplicações, o que corrobora para que a instalação de painéis solares em residências, empresas e infraestruturas públicas cresça exponencialmente.
Mas, para além da questão financeira, a energia solar é sinônimo de responsabilidade ambiental, produzindo poucas emissões de gases de efeito estufa em comparação com os combustíveis fósseis. Segundo a Absolar, desde 2012, a solar ajudou a evitar a emissão de 44 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera para a geração de eletricidade. À medida que a conscientização sobre a importância da sustentabilidade cresce, a energia solar se destaca como uma escolha responsável e eficaz.
No entanto, para que o futuro da geração de energia seja verdadeiramente limpo e renovável, é necessário um comprometimento global. Investimentos em infraestrutura e políticas de apoio são fundamentais para acelerar a transição para uma matriz energética mais sustentável. Ao investirmos no potencial ilimitado da tecnologia fotovoltaica, estamos pavimentando o caminho para um mundo onde a energia é abundante, limpa e acessível a todos.