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Como essa empresa ajuda negócios a pisar no mercado global

Foto: divulgação.

Pensar fora da caixa e dar um passo para além do perímetro do país que um negócio atua. Essa é uma estratégia de internacionalização de negócios. Para saber como essa modalidade tem contribuido e o que pode influenciar este ano, o Economia SC Drops converou com Sheyla Patrícia Pereira, sócia e diretora executiva Father Estratégias Internacionais. Confira abaixo:

Como a Father & Company tem contribuído para a internacionalização de empresas nos últimos anos?

Sheyla: O ponto principal, fator decisivo para levar empresas para outros mercados e posicioná-las no mercado global, é o conhecimento. A Father investe nisso incessantemente, inclusive com a equipe interna, incentivando atualização constantemente sobre o mercado global. Algo que está no nosso DNA é entender cada vez mais sobre empreendedorismo global porque internacionalização vai muito além de venda e compra no mercado externo. É preciso desenvolver mentalidade global, mindset global. Temos uma preocupação em estarmos atualizados para dar apoio aos empreendedores com informações sobre como fazer negócio, não apenas vender. E a abrangência disso é enorme, porque engloba planejamento estratégico, marketing, questões comerciais, como entender a cultura de cada região e trazer isso tudo para a mentoria, preparando o cliente daqui para o mercado externo. Hoje temos um departamento de consultoria, outro de vendas internacionais (com exportação e importação) e um de missões internacionais. Através desse último é que levamos os empresários lá para fora para entender esse mercado na prática, como forma de trazer esses insights para a realidade local, aumentando a competitividade aqui, além de entender como negociar, vender e comprar pelo mundo. 

Quais são os principais desafios enfrentados pelas empresas brasileiras ao buscar expandir internacionalmente?

Sheyla: Em primeiro lugar está a cultura empresarial de olhar o mercado externo. Fazer não apenas o colaborador, mas também o tomador de decisão, o gestor da empresa, a acreditar que isso é possível para negócios de qualquer segmento. O desafio seguinte é fazê-los entender como desenvolver esse processo e quais os investimentos necessários. Não é simplesmente replicar no mercado internacional o que se pratica aqui ou mesmo ser comprado lá fora. É preciso ter estratégias de posicionamento, pois isso impacta diretamente no negócio local. Internacionalizar não é apenas um canal de vendas. É preciso desenvolver estratégias comerciais e de mercado, conhecer o comportamento do consumidor externo, a cultura do país que se prospecta para inserir o produto ou serviço. Requer estudo, planejamento – fazer primeiro bem-feito aqui e se estruturar para estar lá fora. Outro desafio da internacionalização são as questões de legislação, licenças, alvarás. É preciso ter expertise para conhecer essas informações e onde encontrá-las de formas corretas. As viagens que fazemos durante o ano são importantes para conhecer essas nuances e estabelecer parcerias que possam nos respaldar nesse sentido. Esse é um movimento fundamental.    

Como a empresa enxerga o mercado internacional em 2024? Existem tendências ou mudanças significativas que devemos esperar?

Sheyla: Existem tendências, sim. A Reforma Tributária, por exemplo, é um convite para buscar negócios em outros países, para ampliar as possibilidades de atuação e entender em que lugares conquistamos mais vantagens em termos de tributação. A Inteligência Artificial é outra questão de grande impacto nas relações de mercado, ao nosso ver, um caminho sem volta que tende a influenciar não apenas a forma de prospectar negócios como também de se comunicar com os clientes no exterior. Outra questão bastante relevante para o próximo ano no varejo mundial é a combinação entre um volume de vendas próximo ao que se tinha antes da pandemia e a nova postura do consumidor, influenciada por essa mesma pandemia. Então temos um consumidor com mais propósito, com um olhar mais para dentro de casa e para sua qualidade de vida – o que se reflete naquilo que ele consome e na forma dele comprar; temos um cenário em que o cliente já se dispõe a pagar mais por uma qualidade de produtos e serviços melhor. Para 2024 há uma expectativa dessa fatia de consumo ser ascendente: compra-se menos, mas aceita-se pagar mais por uma qualidade maior. 

Para empresas brasileiras que buscam internacionalizar, quais são as principais recomendações da Father & Company em relação aos desafios específicos do mercado brasileiro?

Sheyla: Principalmente, ter uma estratégia de internacionalização bem pavimentada, e aqui destacamos ter bons stakeholders neste processo, com profissionais que tragam conhecimento atualizado do mercado externo e que possam ter faro para os investimentos que façam mais sentido e tragam resultados mais efetivos. O domínio de informações precisa estar além das questões comerciais; contar com experts nas áreas contábeis e tributárias, por exemplo, é determinante no processo. É importantíssimo entender o impacto dessas parcerias profissionais na pavimentação do mercado interno e os reflexos disso lá fora.

Quais setores ou indústrias a Father & Company enxerga como as principais apostas para o futuro no contexto da internacionalização?

Sheyla: Todos os setores têm muitas oportunidades, é a estratégia que vai determinar as melhores conquistas. Conhecimento aliado à estratégia são fatores determinantes. O que trazemos para os nossos clientes são as questões de sustentabilidade, muito fortes em nível global. Outra aposta está nas soluções customizadas. Clientes não se enxergam mais somente como clientes, eles se enxergam como parceiros comerciais. Então a jornada está em atender as necessidades desse público de forma que se favoreça o crescimento conjunto, tanto da empresa brasileira, quanto do mercado externo e seus consumidores. Para isso, as empresas brasileiras devem entender a economia, a política e a cultura dos países onde estão, para, assim, pavimentar e consolidar espaço no mercado internacional.

Resumidamente, qual é o balanço da Father & Company em 2023 e quais os próximos passos para este ano?

Sheyla: Foi um ano bastante positivo para a Father; a maturidade e a consciência dos empresários entendendo a importância da internacionalização tiveram um impacto muito significativo para nós. Em 2024 tem muita coisa nova vindo: estamos mudando de sede, justamente para ampliar as nossas possibilidades, melhorando nossa comunicação interna, implantando tecnologias. Teremos diversas missões comerciais internacionais para manter a busca por conhecimento, insight e tendências; temos planejado uma série de eventos e workshops com o que vamos trazer dos mercados externos pra cá, para favorecer os negócios dos nossos clientes, com impacto tanto local quanto nas exportações. Será um ano para fortalecer nossas parcerias com clientes e stakeholders, fomentando o ecossistema de internacionalização. Além disso, fortalecer nosso modelo de gestão, com uma casa bem estruturada, colaboradores engajados, de forma que isso se reflita no atendimento aos nossos clientes. Nossa meta é atingir 65 cidades brasileiras e alcançar 37 países, girando em torno de R$ 200 milhões em negócios.

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