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Como esse podcast está se tornando um arquivo histórico online sobre Blumenau

Foto: divulgação.

Em um formato quase livre de roteiros e muita espontaneidade, o Blumencast, criado há 3 anos, traz conversas, bate-papos e entrevistas com figuras públicas e personagens relevantes de Blumenau.

Sob o comando do casal André Contini e Joice Morastoni,o Blumencast soma, até o momento, 247 episódios, 75 mil seguidores no Instagram e mais de 2 mil conteúdos postados nas redes sociais, sendo 95% de material autoral.

Os episódios inéditos vão ao ar semanalmente e os conteúdos nas redes sociais vão desde curiosidades históricas à dicas de lazer e lugares gastronômicos.

Confira o Economia SC Drops com a dupla sobre o mercado de conteúdo digital local e os próximos passos do casal. Confira abaixo:

Como surgiu a ideia de criar o Blumencast? Havia uma necessidade específica que vocês identificaram?

André: O Blumencast surgiu em dezembro de 2020, na pandemia e na onda avassaladora dos podcasts nacionais. Eu adorei esse novo formato logo de início, passei a ouvir vários episódios enquanto fazia minhas atividades físicas e afazeres domésticos, as conversas mais profundas e a troca de ideias me trouxeram muito conhecimento que até então eu só achava em livros e documentários. A pandemia foi um período de isolamento social que estimulou os serviços de delivery, principalmente os de refeições. Com isso, ganhamos alguns quilinhos, então, passei a ouvir podcasts do segmento fitness. Eu era tão engajado que mandava várias sugestões de pautas para o programa, foi então que um insight ocorreu: por quê não fazer meu próprio podcast? O desafio inicial era estar longe do eixo Rio-São Paulo (onde as maiores personalidades do país estão), foi aí que pensei em criar um podcast voltado ao nicho local, 100% dedicado a conhecer a história das pessoas que contribuíram para a cidade de Blumenau.

Quais foram as principais inspirações para o projeto? Existem outros podcasts ou influenciadores que influenciaram o estilo do Blumencast?

André: A inspiração inicial foi o Flow Podcast, depois o Inteligência Limitada. O formato podcast existe há décadas e já é bem popularizado nos Estados Unidos principalmente na figura de Joe Rogan, mas o Flow conseguiu popularizar o formato mesacast no Brasil trazendo diversos convidados interessantes, numa conversa sem roteiros e sem tempo limite, algo que só o podcast pode proporcionar. Mais tarde, interessado pelo segmento fitness, eu me inspirei no Aronescast.

Como foi o processo de transformar a ideia do Blumencast em realidade?

André: Eu acredito que os podcasts se popularizaram no Brasil principalmente pela facilidade em começar um. Não há necessidade de grandes investimentos em equipamentos. Nós por exemplo, começamos na sala da nossa casa sem microfones, apenas um telefone no centro da mesa gravando a conversa, uma câmera semiprofissional que já tínhamos para filmar um ângulo e outro telefone para filmar outro ângulo. Os primeiros convidados eram pessoas relevantes na cidade que tínhamos amizade ou algum tipo de contato. Com o passar do tempo, vimos que era possível monetizar o programa através de patrocinadores e passamos a investir em equipamentos melhores e estúdio personalizado.

Onde vocês buscam inspirações e conteúdos para os episódios?

André: Nosso foco são personalidades que contribuem ou contribuíram para a cidade de Blumenau nos mais diversos segmentos: política, economia, humor, jornalismo, esporte, criação de conteúdo e por aí vai. Nós costumamos dizer que estamos criando um Arquivo Histórico Digital da memória dessas pessoas que no futuro terá um valor imensurável para a história e cultura da cidade. Imagine seus bisnetos e tataranetos podendo lhe assistir conhecendo sua voz, seus trejeitos, suas ideias e concepções? Nos inspiramos na Revista Blumenau em Cadernos, no Programa Nossa Gente da TVL e nos antigos programas na TV Galega como o Tribuna, Olho no Olho, Mesa de Bar e Papo de Boteco. Todos eles materializaram a memória de muitas figuras emblemáticas da nossa amada cidade.

Quais são os planos futuros para o Blumencast?

André: O ano de 2023 foi marcado pelo nosso crescimento principalmente na rede social Instagram. Começamos janeiro com 13 mil seguidores e finalizamos dezembro com 75 mil. O ano de 2024 será marcado por uma consolidação ainda maior do nosso trabalho. Produziremos mais curiosidades históricas da nossa cidade, coberturas de grandes eventos, colaborações com outros criadores de conteúdo e abraçaremos novas oportunidades que aparecerem desde que alinhadas com a nossa linha editorial e propósito. Seremos uma nova plataforma nas eleições municipais onde os candidatos ao Executivo terão mais tempo para expor suas propostas, reforçaremos nossas editorias como o Blumentech, podcast voltado ao tema de tecnologia, Blumencast Gourmet, voltado aos empreendimentos da gastronomia e OktoberCast, o primeiro e único podcast totalmente dedicado à Oktoberfest, uma parceria entre Blumencast e Rádio Mix Blumenau.

Como vocês enxergam a evolução do podcast e do negócio influenciador nos próximos anos?

André: No meu ponto de vista, o podcast veio para ficar. Ele não é um veículo de massa mas possui uma vantagem que poucos tem: audiência qualificada. O consumidor de podcast está com toda sua atenção voltada ao programa. Os tocadores de podcast bem como o Youtube são importantes em dois pontos principais: a multicanalidade e a possibilidade de o espectador parar o episódio e retomar de onde pausou. O marketing de influência também é algo que está longe da saturação. Quando bem feito, com ética e competência, é impossível não gerar resultados para o que chamamos do tripé de valor: nós, as marcas e os consumidores. Temos dezenas de cases de sucesso onde os clientes tiveram seus negócios transformados pelo efeito gerado através da nossa página. É fabuloso saber que estamos ajudando a girar a roda da economia na nossa cidade através do nosso trabalho.

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