Por Lucas Vogt Schommer, CEO e co-fundador do Grupo 3S Corp Soluções Internacionais.
No mundo dos negócios, é comum surgirem equívocos e estereótipos. Um deles é a ideia de que o importador é um vilão para a indústria nacional. Contudo, essa perspectiva é limitada e não abarca a realidade complexa e interconectada do comércio global.
Na verdade, a importação pode ser um forte potencializador da indústria brasileira. Um dos principais benefícios da importação é o acesso a máquinas e equipamentos com tecnologias ainda não disponíveis no Brasil.
Ao incorporar essas tecnologias avançadas, as indústrias nacionais podem aumentar significativamente sua eficiência e competitividade no mercado global. Outro aspecto relevante é a importação de insumos que serão utilizados no processo produtivo para fins de exportação.
Essa prática pode enriquecer a qualidade e a diversidade dos produtos brasileiros no mercado internacional, além de promover uma cadeia de produção mais integrada e robusta.
A importação estratégica oferece vantagens fiscais significativas, como a isenção de ICMS em casos de não similaridade estadual. Essa medida incentiva a aquisição de produtos que não têm equivalentes produzidos localmente, estimulando assim a inovação e o desenvolvimento tecnológico.
Além disso, a não similaridade nacional, regulada pelo ex-tarifário, permite a isenção ou redução do imposto de importação sobre determinados bens de capital, insumos e componentes.
Essa política visa a modernização e a atualização tecnológica das indústrias brasileiras. Portanto, longe de serem vilões, os importadores desempenham um papel crucial na dinâmica econômica, impulsionando a indústria nacional por meio da inovação, da eficiência e da competitividade.
Ao compreender e utilizar estrategicamente as políticas de importação, podemos fortalecer a indústria brasileira e seu papel no mercado global.