Depois de amargar sua pior crise, junto com todos os segmentos da economia, entre 2020 e 2022, diante da pandemia, o setor de eventos mostra sua resiliência.
Tanto que no ano passado, até outubro, foi a área que mais empregou, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, um incremento de 46,6% no saldo formal, entre o mesmo período do ano anterior.
Hoje o segmento movimenta mais de R$ 290 bilhões por ano, gerando 6,6% dos postos de trabalho no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape).
Representando cerca de 4% do PIB brasileiro, deixamos de faturar aproximadamente R$ 230 bilhões entre 2020 e 2021 por conta da pandemia. Neste período foram cancelados mais de 900 mil eventos.
O ímpeto do setor, mesmo em crise, propiciou a criação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) pelo Governo Federal, abrangendo cinco pontos: o refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades.
Foi uma união inédita envolvendo o poder público e as empresas privadas que garantiu esta recuperação, mas não totalmente as adversidades.
As intempéries climáticas têm castigado o setor, principalmente em Santa Catarina, devido às enchentes que assolaram o estado entre outubro e novembro, impactando as famosas festas realizadas no estado neste período.
Esta resiliência ainda se mostra eficaz e essencial. Até agosto, os eventos sociais, como casamentos, festas e formaturas, foram os mais frequentados, conforme pesquisa da Opinion Box.
Seguidos pelos religiosos, os artísticos-culturais (cinema, teatro, exposições), os musicais, os corporativos, os esportivos e os gastronômicos.
Além disso, temos uma responsabilidade enorme. São músicos, garçons, produtores, fornecedores, seguranças e outros profissionais que dependem dos eventos para seu sustento e de sua família.
A eles e ao público, podemos assegurar que estamos empenhados ao máximo para fazer com que o segmento fique cada vez mais forte, inclusivo e profissional. Desejamos a toda esta cadeia produtiva um 2024 ainda mais próspero.